Derrotar os golpistas, alterar a correlação de forças e mudar o sistema político

A crise política em nosso país se aprofunda na medida em que avança a ofensiva restauradora do neoliberalismo orquestrada pelas forças conservadoras. Esta ofensiva, que instrumentaliza o atual sistema político para viabilizar uma saída neoliberal para a crise, ameaça golpear a democracia brasileira. Um movimento golpista está em curso e no curto prazo busca concretizar o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff para acelerar a agenda neoliberal.

A crise vem expondo de forma cada vez mais nítida a contradição entre o sistema político e as demandas históricas do povo brasileiro. Isto reafirma o acerto de nossa iniciativa ao construirmos em 2014 o Plebiscito Popular pela Constituinte do Sistema Político quando debatemos com o povo a necessidade de aprofundar a cidadania política e social e a luta por mudanças estruturais do sistema político.

A gravidade da situação política aumenta nossa responsabilidade de construirmos uma saída democrática e popular para a crise. Portanto, a tarefa central e imediata das lutadoras e dos lutadores do povo consiste em somar forças para derrotar a ofensiva conservadora e o golpe no Brasil. Devemos lutar para que o desfecho da batalha que estamos travando em torno da defesa do mandato constitucional da Presidenta Dilma Rousseff articule a defesa da democracia contra o golpe, a defesa dos direitos da classe trabalhadora, a mudança da atual política econômica e a construção de uma estratégia que inclua a necessidade de reformas estruturais e que apontem para a democratização do poder, da riqueza e da renda no Brasil.

A perspectiva da luta pela Constituinte enquanto horizonte de superação da crise política permanece uma tarefa fundamental para as forças populares. Isto porque um projeto político democrático e popular que tenha nas reformas estruturais e na soberania nacional seu eixo principal exigirá a construção de uma nova institucionalidade que só pode ser concretizada pela combinação da luta de massas com a luta por uma Constituinte do sistema político.

No próximo período a luta pela Constituinte se confundirá com a luta pela construção de uma correlação de forças favorável para o movimento popular. Trata-se da necessidade de construir uma força social que viabilize maioria política na sociedade possibilitando uma ofensiva da classe trabalhadora e das forças populares por um projeto de país que aprofunde a democratização do Estado brasileiro.

A unidade das forças populares é fundamental para enfrentarmos a atual crise política e impormos derrotas aos verdadeiros inimigos do povo brasileiro. Neste sentido, a construção e fortalecimento da Frente Brasil Popular como espaço amplo de unidade e resistência ao golpe deve estar no centro de nossa ação organizativa.

Além disso, não podemos nos furtar de ampliar os diálogos e debates para além dos círculos da esquerda e das forças populares organizadas, ganhando a cada dia mais adesões à luta contra o golpe e em defesa da democracia por parte dos trabalhadores, dos moradores das periferias das grandes cidades e especialmente da juventude.

Assim, são tarefas imediatas no processo de fortalecimento da Frente Brasil Popular a construção dos comitês populares da FBP, assim como viabilizarmos assembleias populares para fortalecer a luta contra o golpe e debatermos saídas para a crise política.
 
Secretaria Operativa Nacional – Campanha pela Constituinte
31 de Março de 2016.

Heider Ferreira de Melo
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(062) 9305-8826
Goiânia-GO
 
"Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário!" (Papa Francisco)

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