ASSUNTO: Eu até hoje não vi
Sextilhas: 3 estrofes pra cada.
Antônio Nascimento:
Nunca vi fogo gelado
Muito menos gelo quente
E procuro um cantador
Que seja inteligente
Pra ter a capacidade
De pagar o meu repente.
Alan Thomas:
Nunca vi sapo com dente
Nem alma sem dá espanto
Nem dupla que se compare,
Aos Nonatos noutro canto
Nem santo pra ser diabo
Nem diabo pra ser santo.
Antônio Nascimento:
Nunca vi quem usa manto
Praticar atrocidade
Muito menos um vigário
Fugir da sua verdade
Eu nunca vi o amor
Ser feito só da metade.
Alan Thomas:
Nunca vi a liberdade
Se esconder na prisão
E nem o dinheiro sujo
Da prática do mensalão
Servindo como à verba
Para a nossa educação.
Antônio Nascimento:
Nunca vi um cidadão
Ser cúmplice de um bandido
Muito menos nordestino
Com dinheiro escondidonu
Procuro mais nunca vejo
Um político arrependido.
Alan Thomas:
Eu nunca vi um traído
Sem ter dor de cotovelo
E se algum dia desses
Na vida chegar a vê-lono
Com certeza para mim
Vai servir como modelo.
MOTE EM SETE: 2 estrofes pra cada.
* A natureza castiga
Quem castiga a natureza!
Alan Thomas:
É um mote atualmente
Que mandou Francisco agora
Pois a natureza chora
Com o homem inconsequente
Que polui diariamente
Rio, barragem e represa
E é tanta Malvadeza
Que virou nossa inimiga
A natureza castiga
Quem castiga a natureza.
Antônio Nascimento:
O mundo está sofrendo
Com essa lamentação
Pois a globalização
Está super aquecendo
Vejo animais mordendo
A míngua sem ter defesa
Hoje vejo até represa
Perder tudo que abriga
A natureza castiga
Quem castiga a natureza.
Alan Thomas:
Vemos nos tele jornais
Que a terra sofre a sina
Com terremotos na China
E na Flórida vendavais.
Canada não fica atrás
Junto Guiana francesa
Sofrendo a correnteza
Do vento que se interliga
A natureza castiga
Quem castiga a natureza.
Antônio Nascimento:
Eu não vou longe demais
Falo do nosso país
Que sofre, não é feliz
Com as coisas naturais
São Paulo, hoje não traz
Toda a sua beleza
BH tenho certeza
Que já sofre essa fadiga
A natureza castiga
Quem castiga a natureza.
Alan Thomas:
Quando a chuva vem à vista
O jornal ligeiramente
Prevê que vai ter enchente
Lá na capital paulista.
Logo a água cobre a pista,
Leva carro, inunda empresa
E o povo se torna presa
Da chuva que desabrigada
A natureza castiga
Quem castiga a natureza.
Antônio Nascimento:
Eu que só um nordestino
Vejo em minha região,
Muita gente no carvão
Matar o que é divino.
Sei que o nosso destino
As vezes nus traz surpresa,
Mais isso não é defesa
Pra encher barriga.
A natureza castiga
Quem castiga a natureza.
MOTE EM DEZ: 2 estrofes pra cada.
Hoje os ecos da dor batem o sino ,
Pro velório do amor fazer partida.
Antônio Nascimento:
Eu amei um alguém intensamente
E esse amor só trouxe desenganos
Fiz promessas, fiz juras até planos
Pra viver junto a ela eternamente.
Mais os planos que fiz foi diferente
Separou-me da minha querida
E ainda hoje eu vejo essa bandida
Brincar com o seu próprio destino!
Hoje os ecos da dor batem o sino,
Pro velório do amor fazer partida.
Alan Thomas:
Foi na culpa que teve os dois lados
Que a nossa paixão tornou-se crime
E a justiça do tempo impôs regime
Pra vivermos distantes, separados.
Hoje em dia eu como maus bocados
Quando boto no prato a comida
Que a coisa pior que tem na vida
É comer sem o gosto repentino
Hoje os ecos da dor batem o sino,
Pro velório do amor fazer partida.
Antônio Nascimento:
Nosso caso só foi apenas um
Dentre todos que ela já viveu,
E no fim esse coração meu
Se perdeu num desejo incomum.
Hoje vivo igual a um anum
Sem ter canto, nem teto ou guarida
Eu perdi até o gosto da vida
E perambulo igual um perigrino
Hoje os ecos da dor batem o sino,
Pro velório do amor fazer partida.
Alan Thomas:
No começo lutei, e contra a sorte
Decidi nessa vida ir em frente
Mas quem sofre saudade logo sente,
Que não tem argumento e nem suporte.
Eu sei bem que tentei ser o mais forte
Mas só foi relembrar tua mordida
Que a bala da velha recaída
Decidiu outra vez tirar um fino
Hoje os ecos da dor batem o sino,
Pro velório do amor fazer partida.
Anexo | Tamanho |
---|---|
dueto.png | 93.41 KB |