O MESMO NINHO
Natal (RN), 9 de julho de 2012.
A rama chama atenção
De quem vai querendo chegar,
De quem vem esperando amar,
No compasso, o abraço é o passo,
Da rua estreita subindo a ladeira
Onde os jovens para crescer ali se espelham!
A rama soltava cheiro
Ontem, ali era de profunda opressão,
Cobria de açúcar, moinho e engenho,
Rapadura, mel, bagaço e cachaça
Enquanto o suor escorria a dor açoitava,
Tem lombo como de animal, a fé rechaçava!
A rama roxa e os olhos a brilhar,
Fazer a revolução rompendo as paredes,
Onde açoitava em nome da paz:
Que nada! Era manobra da botina
Quebrava os braços dos artistas
Matava a voz que se levantava no vibrar do coturno!
A rama de flores, esperanças
No ritmo do vento que cochilava na cerca
Como se fosse à sombra - as crianças
Que os pais querem buscando no lar
Do nosso lugar corre solta a esperança
No centro do Meio Popular!
A rama foi podada: Que boa mão!
De dom Helder, Antonio e Costa
Corriam atrás da vida Jairo e Jessé
E um cortejo vibrante de Maria e José,
Antes da semente apareceu, florescer
De luta e constituída essa geração!
A rama esparramou-se pela vida
Um jardim suspenso desse jasmim
Umas vergônteas são curtas -
Há entre belas, longas no horizonte
Lanças de artes e esplendor depois do curral
As meninas transmitem cirandas no terreiro!
A rama enche os olhos:
Aos pais pura felicidade!
Aos filhos a alegria revestida de utopia!
Aos netos que pensam nos sentimentos,
O evangelho derramado no caminho
Como ontem, fecunda-se no mesmo ninho!
Padre Murilo
COROLÁRIO
Parabéns PJMP!
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Pe. Antônio Murilo de Paiva
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