Periferia, lugar do cristão

Conversava com uma companheira da PJMP, atualmente morando em Feira de Santana, Eliane Souza, pensávamos e concluímos:

Pode o cristão negar-se ir às periferias, servir ali em seu cristianismo?

Evidentemente que não! O cristão é um imitador do Cristo Jesus, de Sua pregação, de Seu modo de viver, de ser. A Igreja como instituição representa o idealismo cristão, seus príncipios, sua lógica de servir, sua prioridade em está ao lado dos pequeninos. Fato este destacado nos inúmeros documentos do Magistério «opção preferencial pelos pobres».

A periferia é algo evidente na história do Cristo Jesus. Ele nasce "fora" da cidade, nos arredores de Belém, seu magistério se dá nas periferias e de maneira preferencial aos marginalizados e excluídos como prostitutas, cegos, aleijados, viúvas, publicanos, em cidades periféricas como Samaria, Cafarnaum, Betânia...! Jesus foi crucificado e morto fora da cidade!
Papa Francisco compreendendo muito bem esse detalhe exorta toda a Igreja, e cada um em particular, a viver a dimensão missionária com um olhar preferencial as periferias geográficas e existenciais!

Nesse processo de decentralização e necessário enxergar uma Igreja além de um templo de pedras e ir além de um mero ritualismo ou instituição burocrática. É necessário vê-la como extensão do querer de Deus, feito carne em Cristo «de que todos tenham vida e vida plena»

Que fazemos de novo com uma pregação a quem, como nós, já experimentou o conhecimento do Cristo e de Sua Verdade!? Nenhuma novidade! É preciso ir aqueles que não tem pão sobre a mesa, que não gozam do mínimo de dignidade para sobreviverem e diariamente tem seus direitos violados!

Comungar com esses irmãos de suas mazelas nos faz lembrar do Cristo «tive sede e me deu o que beber, tive fome e me deu o que comer, tive nu e me vestiu, tive preso e enfermo e me visitou»

Nos é importante a oração como vínculo de diálogo com Deus, e de ato intercessor, como nos é importante a alegria de uma dança, de uma música, mas o fato é que o concreto da fé é o que ergue o teu próximo e a ti mesmo, é o que desce da cruz o indigente, as minorias, os excluídos, os escravizados!

A Doutrina Social da Igreja, as pastorais sociais, movimentos populares, CEB's, CPT, MAB entre outros nos faz enxergar um Deus que se humaniza, que tira seu povo da escravidão do homem sobre o homem e da escravidão do pecado e faz isso indo ao encontro de quem precisa e se permitindo tocar pelo pobre sofredor.

Jesus é um rei que se fez plebeu, um Deus que se fez simples humano, um sacerdote que foi à periferia, um mestre que lavou os pés dos servos e ainda disse «dei a vocês o exemplo; vão e façam o mesmo»

É por isso que Maria também nos diz «Façam tudo o que ele mandar»

Então vamos, FAÇAMOS!!

Fabiano Silva
15/12/2016
FACE: Joia_pjmp Joia
PJMP - Coribe - Diocese de Bom Jesus da Lapa