***O subsídio abaixo, completo com figuras e diagramação, pode ser baixado livremente CLICANDO AQUI***
PJMP: Sob a Luz da Teologia da Libertação.
1º Encontro: “Teologia da Libertação e seu significado.”
Ambientação: Procurar criar um ambiente de acolhida e conforto, cadeiras em círculos ou tod@s no chão, ao centro uma bíblia que iluminara todos os nossos encontros e nossa caminhada de grupo de jovens, bandeira do grupo e/ou da PJMP que marca nossa identidade e água perfumada.
Acolhida: O animador/a com muita alegria acolhe a cada um d@s participantes, com o canto “Há que bom você chegou, bem vindo a PJMP, coração da Juventude ôôôô... há que bom você chegou, bem vindo a PJMP, coração da Juventude.”
Animador: “Se pudéssemos resumir a Teologia da Libertação em uma frase, essa frase seria: A evangélica e radical opção pelos pobres. A Teologia da Libertação é um fato social e eclesial que acompanha as mudanças de paradigmas da sociedade e da Igreja, estando ou não a mesma na mídia ou nos altares, sua reflexão se faz necessária e a cada dia mais profética. Sua eficácia esta em gestar um novo tipo de cristão e de cristã o “Pé no Chão” aquele que é engajado na luta em defesa da vida, ao lado dos oprimidos e disposto e disposta a mudança de valores da sociedade a uma ideia de revolução solidária não violenta e ao sonho de ser um ser humano novo, mulher e homem, mantendo sua Fé e Esperança.” -Emerson Sbardelotti
Leitor 1: “A Teologia da Libertação, foi e é antes de tudo uma libertação da teologia, ela quer ser uma teologia para nossa situação e não simples xerox da teologia de outros países, ao querer ser uma teologia para a América Latina e o Caribe ela parte de nossos problemas Latino-americanos e Caribenhos, e o maior problema que nos vivemos infelizmente é a opressão, vivemos uma exploração dos grandes e a única maneira de superar isso é lutar pela libertação, queremos como Cristãos/Cristãs embarcar nessa luta por libertação iluminados pela nossa Fé.” -Emerson Sbardelotti
Leitor 2: “A Teologia da Libertação quer ser essa teologia que motiva, que ilumina o Cristão que luta pela Libertação, por isso se chama Teologia da Libertação, ela não organiza e não faz a libertação, isso fazem as mulheres e os homens que estão lutando, ela quer simplesmente ajudar essas mulheres e homens a verem o que a sua Fé diz sobre essa tal luta, motivando, iluminando, criticando nos pontos em que podem ter entrado algo de anticristão. O papel da Teologia da Libertação é muito importante para sustentar a Fé do cristão comprometido, pois vimos com tristeza no passado muitos Cristãos que ao entrarem na luta perderam a Fé e isso por que não viram como a Fé podia clarear a luta, não há oposição entre Fé e Politica, entre Fé e Luta Libertadora, entre Fé e Compromisso Social, mostrar isso é uma das maiores tarefas da Teologia da Libertação.” -Emerson Sbardelotti
Leitor 3: “Jesus de Nazaré é o centro da Teologia da Libertação e não há nenhuma outra coisa ou situação para retira-lo desse lugar. Jesus de Nazaré fez a evangélica e radical opção pelos pobres e nós herdamos dele essa boa nova e fizemos dela um jeito de ser Igreja, de viver e celebrar a fé, um jeito de atuar a intervir na sociedade, um jeito de configurar a vida individual e coletiva, eclesial e social. A práxis que caracteriza a Teologia da Libertação é a práxis do seguimento de Jesus de Nazaré, que consiste na realização histórica do reinado de Deus.” -Emerson Sbardelotti
Animador: Após entendermos que a Teologia da Libertação vem ser esse espirito que nos convoca para o novo em nossa Igreja e em nossa Sociedade somos convidados e convidadas a cantar a música “Feliz Cidade” de Zé Vicente: https://www.youtube.com/watch?v=HKC7zuOhrpk
Um novo olhar que traz um sonho novo, e faz cantar meu povo lê lê lê lê há
1- Olhar de quem sabe chegar em cada esquina, do menino e da menina, do futuro do pais, futuro novo, pleno de felicidade feliz cidade como a gente sempre quis.
2- Olhar de quem chega do morro e da favela, de quem desce da janela do andar superior, pra brilhar juntos na justiça e na igualdade construindo essa cidade como Deus sonhou.
3- Sonho de vida transformado em louvação, festejado na união de uma nova humanidade, humanidade onde todos são iguais ninguém é menor nem mais como nosso Deus criou.
4- Bendito seja o novo olhar e o sonho novo, pra cidade e pra meu povo, pra você e pra nos, bendito seja o Deus artista da alegria nosso canto noite e dia, aleluia, aleluia.
Animador: Confrontando a historia da Teologia da Libertação, sua evangélica e radical opção pelos pobres e a centralidade de Jesus Cristo no processo de evangelização da América Latina e Caribe vamos ler Mateus 25, 31-46 e compreender o porquê afirmamos que os pobres são os preferidos no projeto salvífico libertador de Jesus Cristo. Acolhamos a palavra de Deus cantando: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo – Zé Vicente
Tua palavra é! Luz do meu caminho! Luz do meu caminho, meu Deus! Tua Palavra é!
1- Tua palavra está nas ondas do mar! Tua palavra está no sol a brilhar! Tua palavra está, no pensamento, no sentimento, tua palavra está! (bis)
2- Tua palavra está no som do trovão! Tua palavra está no tom da canção! Tua palavra está na consciência e na ciência tua palavra está! (bis)
3- Tua palavra está na beleza da flor! Tua palavra está na grandeza do amor! Tua palavra está, na liberdade, na amizade, tua palavra está! (bis)
-Pistas para a reflexão:
1 – O que esta leitura tem a dizer para nós hoje?
2 – Olhando a realidade a partir das palavras Jesus, hoje você esta dando água, comida, abrigo e vestes a Jesus?
3 – A Teologia da Libertação é algo que faz parte da realidade de nosso grupo e/ou comunidade? Por quê?
4 – Você acha que a pratica da Teologia da Libertação gera um compromisso com o que Jesus nos diz no texto? Por quê?
Animador: Confiantes no Espírito Santo condutor de nossos caminhos e animador de nossa missão rezemos ao Deus da vida nossas preces e a cada prece dita digamos tod@s junt@s:
“Pai ó Pai nosso, quando é que este mundo será nosso?”
-Pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil que diariamente vem sofrendo mais ataques de uma ala conservadora da Igreja Católica, para que o Espirito Santo ilumine a cada um de nossos Pastores os fazendo serem fieis ao evangelho e ao projeto libertador de Jesus Cristo, rezemos.
-Pelos trabalhadores e trabalhadoras de nosso país que a cada dia estão perdendo mais direitos e sendo cada vez mais explorados e exploradas pelo governo golpista, que o Espirito Santo os impulsione para uma maior organização em seus sindicatos para a busca pela recuperação de seus direitos, rezemos.
-Pela nossa juventude que a cada dia vem sendo exterminada em nossas periferias, vitimas das injustiças do sistema em que vivemos, que o sangue derramado de nossa juventude faça brotar uma semente de paz e fraternidade em nosso meio, rezemos.
(O grupo pode acrescentar outras preces de acordo com a realidade da comunidade)
Animador: Na certeza de que esse novo céu e essa nova terra se aproxima, de que a terra prometida que jorra leite e mel um dia finalmente será nossa cantemos:
https://www.youtube.com/watch?v=RtzZ69xr2Ao – Zé Vicente
1- Quando o dia da paz renascer, quando o Sol da esperança brilhar, eu vou cantar! Quando o povo nas ruas sorrir e a roseira de novo florir, eu vou cantar! Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão Eu vou cantar! Quando os muros que cercam os jardins, destruídos então os jasmins vão perfumar!
Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo no olhar da gente a certeza de irmãos reinado do povo (2x)
2- Quando as armas da destruição, destruídas em cada nação eu vou sonhar! E o decreto que encerra a opressão assinado só no coração, vai triunfar! Quando a voz da verdade se ouvir e a mentira não mais existir será enfim tempo novo de eterna justiça sem mais ódio sem sangue ou cobiça vai ser assim.
Celebrando a vida: Nesse momento vamos fazer a benção e o envio de cada jovem. Ficamos de dois em dois de frente um para o outro, usando a água perfumada fazemos o sinal na testa de quem esta a nossa frente dizendo: “É no meio do povo”, fazendo o sinal da cruz no peito continuamos “Pegando fogo”, ao fazer o sinal da cruz nos pés terminamos “Que Cristo nos envia”. Quando tod@s jovens se abençoarem rezamos de mãos dadas a oração do Pai Nosso.
Canto final: Ilea-o https://www.youtube.com/watch?v=4xMGbTIZAK0 - Gogó
Ileaô, ileaô a juventude é a bandeira do amor! Com o coração, com as duas mãos com todo o povo a gente faz um mundo novo!
1- Pelos campos, cidades e vilas, no trabalho ou então desempregados, nas caatingas, nas fábricas, nas filas, com muita força e coragem de lutar! É a juventude do Meio Popular.
2- Somos filhos de trabalhadores, a nossa classe é a classe popular, mas temos sonhos e também muitos amores, também queremos trabalhar, participar! É a juventude do Meio Popular.
3- Nossa luta é pelo engajamento, no nosso bairro e também no sindicato, nós precisamos ficar todos unidos, pra conquistar nosso direito que é negado! É a juventude do Meio Popular.
4- A política partidária é outra coisa Que não pode ser deixada de lado, nós precisamos mudar esse sistema, que faz o pobre viver sempre massacrado! É a juventude do Meio Popular.
5- Nossa força quem nos dá é Jesus Cristo, que nos empurra e ilumina o caminho, pois ele é o nosso companheiro, que pelos pobres sempre tem muito carinho! É a juventude do Meio Popular.
2º Encontro: “Pacto das Catacumbas: Igreja Pobre e Servidora.”
Ambientação: Vela e bíblia ao centro e ao redor imagens de Dom Fragoso, Dom Helder Câmara, Dom José Maria Pires, Dom Francisco Austregésilo, Dom João Batista, Dom Jorge Marcos, Dom Henrique Golland e Pe. Luiz Gonzaga Fernandes (os brasileiros que assinaram o pacto das catacumbas).
Animador: Sejamos todas e todas bem vindos e bem vindas, ao nosso segundo encontro sobre Teologia da Libertação, nesse encontro vamos falar sobre o Pacto das Catacumbas, um dos marcos que deu origem a Teologia da Libertação. Inspirados pelo Espirito Santo, um grupo de Bispos durante o Concílio Ecumênico Vaticano II se comprometia com a construção de uma Igreja próxima aos mais pobres estando sempre a serviço dos que mais necessitavam, nesse sentido para que o espirito Santo seja essa força inspiradora em nossa caminhada, para que nosso grupo de jovens também permaneça na construção de uma Igreja pobre e servidora daremos inicio a nosso encontro com a música:
https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o
(Cante-se a música enquanto a vela passa na mão de cada jovem, o animador deve pedir que os jovens entrem em sintonia uns com os outros nesse momento orante, sentindo a presença do Espirito que nos une, guia e fortalece.)
A nós descei, Divina Luz! A nós descei, Divina Luz! Em nossas almas acendei, o amor, o amor de Jesus! Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus!
1- Vinde, Santo Espírito, e do céu mandai luminoso raio, luminoso raio! Vinde, Pai dos pobres, doador dos dons luz dos corações, luz dos corações! Grande defensor, em nós habitai e nos confortai, e nos confortai! Na fadiga, pouso; no ardor, brandura e na dor, ternura, e na dor, ternura!
2- Ó Luz venturosa, divinais clarões encham os corações, encham os corações! Sem um tal poder, em qualquer vivente nada há de inocente, nada há de inocente! Lavai o impuro e regai o seco sarai o enfermo, sarai o enfermo! Dobrai a dureza, aquecei o frio, livrai do desvio, livrai do desvio!
3- Aos fiéis que oram, com vibrantes sons dai os sete dons, dai os sete dons! Dai virtude e prêmio, e no fim dos dias, eterna alegria, eterna alegria! Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
O que entendemos quando ouvimos falar em “Igreja pobre e servidora:”?
Leitor 1: “A Teologia da Libertação surge durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, iniciado por São João XXIII e levando adiante pelo Beato Paulo VI, os Papas do Concílio, de 1962 a 1965. O desejo de João XXIII é o mesmo desejo do Papa Francisco, uma Igreja pobre. A partir da constituição de Gaudium Espcex sobre a Igreja no mundo de hoje os habitantes da América Latina e do Caribe receberam uma atualizada boa nova: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angustias dos homens de nosso tempo e de quantos sofrem são as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angustias dos discípulos de Cristo. Nada há de verdadeiramente humano que não encontre eco em seu coração, a comunidade Cristã esta integrada por homens que reunidos em Cristo, são guiados pelo Espirito Santo em seu peregrinar para o Reino do Pai e receberam a boa nova da salvação para comunicar a todos, a Igreja por isso sente-se intima e realmente solidaria com o gênero humano e com a sua historia.”” -Emerson Sbardelotti
Leitor 2: “Neste paragrafo se acham presentes todos os temas que a Teologia da Libertação passou a desenvolver nos anos seguintes, onde bispos, padres, religiosas, leigos e leigas iriam traçar um retrato da realidade, exigindo e trabalhando por mudanças rápidas e profundas, que ainda hoje mantem grande atualidade o resultado de tudo isso seria a perseguição desenfreada e o martírio. Durante o Vaticano II havia um grupo de Bispos intitulado “Igreja servidora e pobre” ou simplesmente “grupo da pobreza” esse grupo redigiu o Pacto das Catacumbas, firmado após a eucaristia na Catacumba de Santa Domitila, fora dos muros de Roma. Por este documento de 13 itens os autores comprometeram-se a levar uma vida de pobreza, rejeitar todos símbolos ou os privilégios do poder e a colocar os pobres no centro de seu ministério pastoral, comprometeram-se também com a colegialidade e com a corresponsabilidade da Igreja como “Povo de Deus” e com a abertura ao mundo e acolhida fraterna inspirados pela ideia da Igreja dos pobres de São João XXIII e encorajados pelo espirito profético de Dom Helder Câmara.
Esse pacto influenciou na Teologia da Libertação que nascia e quem o vive hoje em dia, sente esta mais próximo de Deus, próximos dos prediletos de Deus, mesmo sendo perseguido atualiza com seu compromisso os pontos levantados pelo pacto.” -Emerson Sbardelotti
Música: https://www.youtube.com/watch?v=m7vCLckRvMM – Zé Vicente
1- Quando o espirito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou, e o povo novo deu-se as mãos e caminhou.
Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao criador! Justiça e paz hão de reinar e viva o amor!
2- Quando Jesus a terra visitou, a boa nova da justiça anunciou: O cego viu, o surdo escutou e os oprimidos das correntes libertou.
3- Nosso poder esta na união, o mundo novo vem de Deus e dos irmãos vamos lutando contra a divisão e preparando a festa da libertação!
4- Cidade e campo se transformaram, jovens unidos na esperança gritarão. A força nova É o poder do amor, nossa fraqueza é força em Deus libertador!
Animador: Neste momento vamos conhecer o Pacto das Catacumbas, ver cada um dos seus 13 itens e entender a importância dele para a caminhada de nossa Igreja e nossa vida Pastoral.
(Pode-se fazer uma esquete e cada jovem ler um dos itens do pacto)
Pacto das Catacumbas da Igreja serva e pobre:
Nós, Bispos, reunidos no Concílio Vaticano II, esclarecidos sobre as deficiências de nossa vida de pobreza segundo o Evangelho; incentivados uns pelos outros, numa iniciativa em que cada um de nós quereria evitar a singularidade e a presunção; unidos a todos os nossos Irmãos no Episcopado; contando, sobretudo com a graça e a força de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a oração dos fiéis e dos sacerdotes de nossas respectivas dioceses; colocando-nos, pelo pensamento e pela oração, diante da Trindade, diante da Igreja de Cristo e diante dos sacerdotes e dos fiéis de nossas dioceses, na humildade e na consciência de nossa fraqueza, mas também com toda a determinação e toda a força de que Deus nos quer dar a graça, comprometemo-nos ao que se segue:
1) Procuraremos viver segundo o modo ordinário da nossa população, no que concerne à habitação, à alimentação, aos meios de locomoção e a tudo que daí se segue. Cf. Mt 5,3; 6,33s; 8,20
2) Para sempre renunciamos à aparência e à realidade da riqueza, especialmente no traje (fazendas ricas, cores berrantes), nas insígnias de matéria preciosa (devem esses signos ser, com efeito, evangélicos). Cf. Mc 6,9; Mt 10,9s; At 3,6. Nem ouro nem prata.
3) Não possuiremos nem imóveis, nem móveis, nem conta em banco, etc., em nosso próprio nome; e, se for preciso possuir, poremos tudo no nome da diocese, ou das obras sociais ou caritativas. Cf. Mt 6,19-21; Lc 12,33s.
4) Cada vez que for possível, confiaremos a gestão financeira e material em nossa diocese a uma comissão de leigos competentes e cônscios do seu papel apostólico, em mira a sermos menos administradores do que pastores e apóstolos. Cf. Mt 10,8; At. 6,1-7.
5) Recusamos ser chamados, oralmente ou por escrito, com nomes e títulos que signifiquem a grandeza e o poder (Eminência, Excelência, Monsenhor...). Preferimos ser chamados com o nome evangélico de Padre. Cf. Mt 20,25-28; 23,6-11; Jo 13,12-15.
6) No nosso comportamento, nas nossas relações sociais, evitaremos aquilo que pode parecer conferir privilégios, prioridades ou mesmo uma preferência qualquer aos ricos e aos poderosos (ex.: banquetes oferecidos ou aceitos, classes nos serviços religiosos). Cf. Lc 13,12-14; 1Cor 9,14-19.
7) Do mesmo modo, evitaremos incentivar ou lisonjear a vaidade de quem quer que seja, com vistas a recompensar ou a solicitar dádivas, ou por qualquer outra razão. Convidaremos nossos fiéis a considerarem as suas dádivas como uma participação normal no culto, no apostolado e na ação social. Cf. Mt 6,2-4; Lc 15,9-13; 2Cor 12,4.
8) Daremos tudo o que for necessário de nosso tempo, reflexão, coração, meios, etc., ao serviço apostólico e pastoral das pessoas e dos grupos laboriosos e economicamente fracos e subdesenvolvidos, sem que isso prejudique as outras pessoas e grupos da diocese. Ampararemos os leigos, religiosos, diáconos ou sacerdotes que o Senhor chama a evangelizarem os pobres e os operários compartilhando a vida operária e o trabalho. Cf. Lc 4,18s; Mc 6,4; Mt 11,4s; At 18,3s; 20,33-35; 1Cor 4,12 e 9,1-27.
9) Cônscios das exigências da justiça e da caridade, e das suas relações mútuas, procuraremos transformar as obras de "beneficência" em obras sociais baseadas na caridade e na justiça, que levam em conta todos e todas as exigências, como um humilde serviço dos organismos públicos competentes. Cf. Mt 25,31-46; Lc 13,12-14 e 33s.
10) Poremos tudo em obra para que os responsáveis pelo nosso governo e pelos nossos serviços públicos decidam e ponham em prática as leis, as estruturas e as instituições sociais necessárias à justiça, à igualdade e ao desenvolvimento harmônico e total do homem todo em todos os homens, e, por aí, ao advento de uma outra ordem social, nova, digna dos filhos do homem e dos filhos de Deus. Cf. At. 2,44s; 4,32-35; 5,4; 2Cor 8 e 9 inteiros; 1Tim 5, 16.
11) Achando a colegialidade dos bispos sua realização a mais evangélica na assunção do encargo comum das massas humanas em estado de miséria física, cultural e moral - dois terços da humanidade - comprometemo-nos:
I. a participarmos, conforme nossos meios, dos investimentos urgentes dos episcopados das nações pobres;
II. a requerermos juntos ao plano dos organismos internacionais, mas testemunhando o Evangelho, como o fez o Papa Paulo VI na ONU, a adoção de estruturas econômicas e culturais que não mais fabriquem nações proletárias num mundo cada vez mais rico, mas sim permitam às massas pobres saírem de sua miséria.
12) Comprometemo-nos a partilhar, na caridade pastoral, nossa vida com nossos irmãos em Cristo, sacerdotes, religiosos e leigos, para que nosso ministério constitua um verdadeiro serviço; assim:
I. esforçar-nos-emos para "revisar nossa vida" com eles;
II. suscitaremos colaboradores para serem mais uns animadores segundo o espírito, do que uns chefes segundo o mundo;
III. procuraremos ser o mais humanamente presentes, acolhedores...;
mostrar-nos-emos abertos a todos, seja qual for a sua religião. Cf. Mc 8,34s; At 6,1-7; 1Tim 3,8-10.
13) Tornados às nossas dioceses respectivas, daremos a conhecer aos nossos diocesanos a nossa resolução, rogando-lhes ajudar-nos por sua compreensão, seu concurso e suas preces.
Ajude-nos Deus a sermos fiéis.
-Pistas para a reflexão:
1 – Você conhece a historia de algum dos Bispos Brasileiros que assinaram o Pacto das Catacumbas? (Trazer um pouco da historia de Dom Helder e Dom Fragoso)
2 – Qual a influencia deste Pacto para a caminhada da Igreja do Brasil hoje?
3 – Os 13 itens do Pacto das Catacumbas tem haver alguma coisa com a proposta de Jesus Cristo e sua vida? Por quê?
Animador: Vamos comparar os 13 itens do Pacto das Catacumbas com as Bem-aventuranças que Jesus nos apresenta no Sermão da Montanha e procurar entender a ligação entre eles, aclamando a palavra da Deus cantando. Mateus 5,1-12
(https://www.youtube.com/watch?v=lNqJcChO5mI)
Fazei ressoar (ressoar) a palavra de Deus em todo lugar! (bis)
1-Na cultura, na história, vamos expressar. Levando a palavra de Deus em todo lugar. Vamos lá!
-Pistas para reflexão:
4 – Podemos perceber alguma ligação entre as bem-aventuranças apresentadas por Jesus e os 13 itens do Pacto das Catacumbas?
5 – O que nosso grupo pode fazer em nossa comunidade para que nela possamos viver a proposta do Pacto das Catacumbas e das bem aventuranças que Jesus nos ensina?
-Celebrando a vida: Neste momento podemos fazer nossas preces espontâneas, e a cada prece respondemos: “Ouvi senhor o clamor do teu povo”
ORAÇÃO DA PJMP:
Senhor nosso Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, Deus de nossos pais, e eles nos contaram: sois bom e amável, e que cuidas de nós todos os dias. Experimentamos ao longo da historia da PJMP que sois justo e vives dentro de nós.
Ah! Senhor, sem ti não somos nada, e não podemos fazer nada. Hoje queremos te agradecer por nossa caminhada cravada bem no Meio Popular, desde aquele 9 de julho de 1978 foram tantos e tantas que nos constituíram desde os morros de Olinda e Recife a todos os recantos deste imenso Brasil que experimentaram essa graça de ser PJMP.
Senhor, agradecemos pela presença de mulher forte e terna de Maria Mãe de Deus, sabemos que ela está bem viva em nosso Meio Popular, em toda pessoa que tem fé Luta, e quer viver!.
Senhor, do centro do nosso coração brota também uma súplica: ajuda-nos a ser tua presença nos sítios, arruados, aldeias, cidades, favelas e vilas para montar nossa maloca de alegria, de espiritualidade, de ternura e resistência e alimentar nossa mística que nos impulsiona a não fugir da luta em todos os cantos para ser sinal de animação junto a juventude do Meio Popular. Amém, Axé, Awerê, Aleluia!!!
3º encontro: “CEBs, uma Igreja em saída.”
Ambientação: Preparar um espaço com símbolos que representem a comunidade, foto do padroeiro, símbolo das pastorais que existem na comunidade e de pessoas importantes para a historia da comunidade.
Acolhida: Nesse momento pode se fazer uma memoria do encontro anterior onde podemos entender um pouco do significado da Teologia da Libertação. Fazer na oração inicial um momento de recordação da vida, trazendo presentes fatos que marcaram o surgimento e a historia de nossa comunidade.
Animador: Queridas irmãs, queridos irmãos, que o Cristo encarnado e ressuscitado esteja sempre conosco. Vamos recordar nesse encontro o que são as CEBs - Comunidades Eclesiais de Base. Como estão organizadas? Onde atuam? Quem participa das CEBs? Neste encontro vamos esclarecer um pouco estas questões. Iremos entender o porquê as CEBs são fundamentais para a Igreja.
Leitor 1: A palavra CEB significa COMUNIDADE ECLESIAL DE BASE. E quando colocamos no plural - CEBs significa COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE. São grupos de cristãos leigos e leigas, que se reúnem regularmente, nas casas de famílias ou em centros comunitários, a fim de ouvir e aprofundar a Palavra de Deus, alimentar a comunhão fraterna e assumir o compromisso cristão no mundo.
Chamamos COMUNIDADES porque são grupos formados por pessoas a partir do lugar onde moram, nos bairros, periferias, centro, morros, zona rural... que procuram viver relações fraternas de partilha, ajuda, solidariedade e serviço.
Leitor 2: Dizemos ECLESIAIS, por se tratar de grupos de seguidores dos exemplos de Jesus, dos apóstolos, em comunhão com a Igreja. E de BASE porque está presente desde o começo da Igreja com os Primeiros Cristãos e também porque é vivida pelo povo que está na base humana e cristã, gente pobre ou pessoas que se colocam ao lado dos pobres.
No início da década de 60 nasciam as Comunidades Eclesiais de Base, muito embora tenham sido semeadas alguns anos antes. Nasciam da necessidade do povo se unir, para melhor participar da Igreja, saber seus direitos, discutir os problemas e procurar resolvê-los. De lá pra ca estão sendo regadas com muita fé, alegria e esperança. Muitos mártires, a exemplo de Jesus e dos Primeiros Cristãos, têm regado as CEBs, com o próprio sangue.
Leitor 3: As CEBs têm suas raízes nas comunidades formadas pelos Primeiros Cristãos. Deles se dizia: "Eles eram um só coração e uma só alma". Formavam comunidades sobretudo de pobres ao redor da Palavra de Deus, partilhavam o que tinham e testemunhavam a fé até as últimas consequências.
A partir da década de 60 - quando nasceram - as CEBs foram crescendo e se espalhando por todo o Brasil. Então, sentiu-se a necessidade de reunir e articular essas comunidades para que pudessem trocar experiências e buscar luzes e força no compromisso comum.
Música: https://www.youtube.com/watch?v=CfRutcO67LQ – Claudio Paulo Hernandes
Eu vi e ouvir os clamores do meu povo e desci para libertá-lo, somos as CEBs, uma Igreja em saída, que enfrenta os desafios do mundo urbano. (bis)
1- Somos Igreja que partilha a Palavra, e que a encarna na vida do nosso povo. A nossa mística é sempre comprometida e nos coloca na luta de um mudo novo.
2- Quando reunimos, motivamos a sonhar e nossos sonhos nos coloca na ação. Pra enfrentarmos os problemas que afligem, o nosso povo da cidade e do sertão.
3- O mundo urbano é voraz e agitado, com desafios que enfrentamos todo dia. Pra exercer nosso direito a cidade, pois ter direito, garante a cidadania.
4- Temos problemas, mais não ficamos calados, pois nossa fé nos coloca à serviço. Um mundo justo, mais humano e fraterno, só é possível com o nosso compromisso.
Leitor 4: As CEBs são um instrumento que permite ao povo “chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos”. 119 Elas “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja”. Doc. 100 “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia.”
Leitor 5: As CEBs se caracterizam, em geral pela formação de comunidades territorialmente estabelecidas, com forte acento missionário e ligado ao compromisso sociotransformador. Tendo a sua centralidade na Palavra de Deus, na Eucaristia e no valor do pequeno grupo que forma a comunidade, a fraternidade e a solidariedade que engajam o cristão em favor do Reino de Deus, as CEBs contribuem com a conversão pastoral da paróquia. Doc. 100 “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia.”
Animador: Quando paramos para ler a realidade das primeiras comunidades cristãs, podemos encontrar uma mesma realidade como a das CEBs, vamos ler Atos dos apóstolos capitulo 2 do versículo 42 ao 47 e tentar encontrar as semelhanças entre as primeiras comunidades cristãs, as CEBS e a nossa comunidade hoje.
https://www.youtube.com/watch?v=QIW1hHYT6PE – Zé Vicente
Chegou a hora da alegria, vamos ouvir essa palavra que nos guia.
Tua palavra vem chegando bem veloz, por todo canto hoje se escuta a sua voz. (bis) Aleluia, aleluia (bis)
Esta é a palavra da certeza e da justiça, que nos liberta da opressão e da cobiça. (bis) Aleluia, aleluia (bis)
-Pistas para a reflexão:
1 – Que semelhanças encontramos entre as primeiras comunidades cristãs e entre a nossa comunidade?
2 – Como se deu o iniciou do processo de evangelização e construção de nossa comunidade?
3 – É possível enxergar em nossa comunidade o traço das Comunidades Eclesiais de Base? Quais?
4 – Existe na nossa comunidade a importância de um trabalho de revitalização das CEBs? Por que?
Animador: A partir das provocações desse encontro de construirmos uma Comunidade de Fé, missionaria e em saída vamos cada um e cada uma pesquisar melhor sobre a historia de nossa comunidade e construir a linha do tempo da historia de nossa comunidade, conversar com membros mais antigos, entender como ela surgiu, como foi surgindo cada pastoral e movimento que nela atua, se em algum período nossa comunidade já se identificou como CEBs, etc... e no próximo encontro vamos partilhar um pouco e construir essa grande linha do tempo de nossa comunidade.
Animador: Entendendo que formamos um só corpo num só espirito, espirito esse missionário, profético e popular, vamos encerrar nosso encontro nos abraçando e contemplar a cada um e cada uma com a mística do beijo circular. O beijo que vai mais que volta, que se da e se recebe, cantando: “É muito gostoso esse nosso aconchego, esse nosso chamego essa nossa alegria de ser feliz.”
https://www.youtube.com/watch?v=pl0i7LJ_kHc&index=162&list=PLmg0xAFrNYcX...
4º Encontro: Celebração dos Profetas e Profetizas da Caminhada.
Ambientação: Flores, Bíblia, velas, tecido vermelho e palhas de palmeira, fotos de alguns mártires e/ou profetas da Igreja em saída (Dom Fragoso, Dom Helder, Do Pedro Casaldáliga, Ir. Cleusa, Frei Titto, Margarida Alves, Ir. Doroty, etc...), pães, vinho e anéis de tucum.
1– Chegada: Silencio... oração pessoal... refrãos meditativos...
1 - https://www.youtube.com/watch?v=gYs3c8u_URc – Zé Vicente
Vidas pela vida (vidas pela vida) Vidas pelo reino (vidas pelo reino) Vidas pelo reino (vidas pelo reino)
Todas as nossas vidas (todas as nossas vidas) Como as suas vidas (como as suas vidas) Como a vida dela (como a vida dele) O mártir Jesus (O mártir Jesus)
Vidas pela vida (vidas pela vida) Vidas pelo reino (vidas pelo reino) Vidas pelo reino (vidas pelo reino)
Da vida, da vida, da vi-i-da
2 - https://www.youtube.com/watch?v=4j2EqG2H7wA - Taizé
Deus é amor, arrisquemos viver por amor, Deus é amor, ele afasta o medo
2- Abertura:
(Uma pessoa acende o Círio e diz em voz bem alta:)
Bendito sejas, Deus da vida, pela luz de Cristo, o Mártir Jesus, e por tantas testemunhas do Reino e pelos mártires da caminhada!
- Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)
- Hoje, ó Deus da vida, vimos adorar! (bis)
com nossos santos mártires, vimos celebrar! (bis)
- Dos porões da morte, Cristo ressurgiu! (bis)
E em flores de alegria, o sertão se abriu! (bis)
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito! (bis)
glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis)
- Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos! (bis)
Com tantas testemunhas, a Deus louvação! (bis)
3- Recordação da Vida: Nesse momento somos convidados e convidadas a recordar algo sobre algum mártir da caminhada que conhecemos ou algum profeta da Igreja em saída.
Após algumas recordações lê em voz alta:
Leitor 1: “Eu peço a vocês que não esqueçam a opção pelos pobres, não se esqueçam do sangue dos mártires, que ele entre na própria igreja, que acha que não precisa mais falar de mártires, mais eu lhes digo no dia em que pararmos de falar nos mártires de nossa caminhada estaremos esquecendo do martírio do próprio Jesus” –Dom Pedro Casaldáliga, o Profeta da Esperança
Leitor 2: "O tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires." –Papa Francisco
Leitor 3: “Somos um povo de sangue de mártires, somos uma herança de testemunhas, acaba sendo essa a única garantia certa da igreja legitima de Jesus, só a palavra não da, só a eucaristia não da o sangue é a prova, a prova legitima, prova de amor maior não há, como ele, como eles e elas que possamos com coragem e alegria assumir as causas de Deus, pois as causas de deus não fracassam” –Dom Pedro Casaldáliga, o Profeta da Esperança
4- Hino: Na certeza da ressureição do próprio Cristo, e tentas testemunhas do Reino cantemos o nosso hino afirmando nosso compromisso com o projeto libertador de Jesus Cristo.
1-https://www.youtube.com/watch?v=XJN4q4y9eUg – Pedro Casaldáliga
Olhar ressuscitado, todo o teu Corpo, acompanhando a marcha lenta do povo.
Todo Tu debruçado, como um caminho. Traçando em tua Carne, nosso destino. No azul do Araguaia, os roxos medos. No sol de tua glória, nossos direitos. Sangue vivo no verde, das índias matas. Faixas gritando viva, a Esperança.
Viva a Esperança (4x)
Procissão de oprimidos, rezando as lutas. E tu, Círio de Páscoa, flor de aleluias. Páscoa nossa imolada, em ti enxertos. Como tu perseguidos, por Ti vencemos. Libertador, vencido, vencendo tudo. Companheiro dos pobres, donos do mundo.
Viva a Esperança (4x)
Guerrilheiros do Reino, maior guerrilha. Tua cruz empunhamos, em prol da vida. Nossos mortos retornam, com nossos passos. Em teu Corpo vivente, ressuscitados. Em ti, cabeça nossa, Libertador. Libertos, libertando, erguemo-nos.
Viva a Esperança (4x)
2- https://www.youtube.com/watch?v=idJohG7o9lU
Acorda América, chegou a hora de levantar. O sague dos mártires fez a semente se espalhar. (bis)
1-Nestes campos, nestas planícies, nestes vales e caatingas; nestas raízes entrelaçadas de etnias tão misturadas: é assim meu povo, a nossa América Latina.
2-Meu irmão índio, meu irmão negro, Meus latinos companheiros, nós somos vítimas das dependências de um império estrangeiro: é assim o meu povo, a nossa América Latina.
3-Eu me pergunto a todos nós: até que dia nós aguentamos essa violência tão assassina? Nos tomam as terras, matam os índios, nos deixam os restos da nossa América Latina.
Leitor 4: De um tempo para cá não se pode falar mais em caminhada do povo sem se falar em caminhada dos mártires, é uma cosia só, caminhada dos mártires caminhada do povo, caminhada do povo caminhada dos mártires, caminhada pascal, caminhada latino-americana, caminhada ecumênica, é uma caminhada só, esse círio pascal em nosso meio é a nossa luz, essa luz não tem governo golpista, não tem ditadura militar, não tem clericalismo, não tem diabo que consiga apagar essa nossa luz, a luz do círio pascal que é a luz do Cristo Ressuscitado, caminhada do povo, caminhada dos mártires, caminhada de pascoa.
5- Salmo: https://www.youtube.com/watch?v=DMkVfUV33xQ – Zé Vicente
Como te cantarei, Senhor? (4x)
Quando a justiça nos falta, quando o poder nos oprime, quando forçaram calar nossa voz, nossa dor, Senhor! Quando da terra expulsos, em terra alheia sofremos, quando obrigaram a esquecer nossa historia de amor, Senhor!
Como te cantarei, Senhor? (4x)
Quando arrancam os frutos e o lucro de nossas mãos, quando é negado ao pobre o direito e o valor, Senhor! Quando perseguem e matam os companheiros da gente,
quando esmagam a esperança e nos fazem o terror, Senhor!
Como te cantarei, Senhor? (4x)
Quando prometem e enganam, a confiança do povo, quando dividem os pequenos num plano traidor, Senhor! Quando na cruz te afogaste, no poço de nossa dor, contigo ressuscitamos Jesus vencedor, Senhor!
Como te cantarei, Senhor? (4x)
Oração sálmica: Deus da vida, pai de ternura, tu que escuta o clamor dos justos, vem em socorro do teu povo, liberta-nos da aflição, da opressão e da agonia. Dai-nos a vossa paz, a coragem e a firmeza dos mártires da caminhada. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
6- Leitura Bíblica: Leitura do livro da Sabedoria: (Sb 3,1-9)
Aclamação: https://www.youtube.com/watch?v=HyDVFU12MbU – Zé Vicente
1- Toda palavra de vida é Palavra de Deus. Toda ação de liberdade é a Divindade agindo entre nós. (bis) Boa nova em nossa vida, Jesus semeou, o Evangelho em nosso peito é prova de amor. (bis)
2- Todo grito por justiça que sobe do chão, é clamor e profecia que Deus anuncia para a conversão. (bis) Aleluia, aleluia! Bendita Palavra que faz libertar (bis).
7- Meditação: Silencio... partilha... refrãos meditativos...
8- Preces: Irmãs e irmãos, invoquemos as testemunhas do Reino, os e as mártires da caminhada, latino-americana: que roguem a Deus por toda humanidade e por nós, herdeiros de muito sangue e sonhos.
Senhor, tende piedade de nós.
T - Senhor, tende piedade de nós.
Jesus cristo tende piedade de nós.
T - Jesus cristo tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
T - Senhor, tende piedade de nós.
À santa mãe de Deus pedimos proteção, a graça de seu Filho e a força da união.
T – Rogai por nós, rogais por nós. (bis)
De todo este Brasil, Terra de Santa Cruz, os mártires nos guiem na estrada de Jesus.
De todo o continente, a Grande Pátria amada, os mártires nos levem na longa caminhada.
Marçal e companheiros, Sepés de hoje ainda, juntai todas as tribos no sonho da ameríndia.
Lembremos de Zumbi, em todos os altares, pois derramou seu sangue, no Quilombo dos Palmares.
Eloy, Tião e gringo, organizai o povo para a Reforma Agrária e um Sindicato novo.
Nas lidas do trabalho, nas greves necessárias, valei-nos, Santo Dias das lutas operárias.
Irmãs Cleusa, Adelaide, comadres Margaridas, tornai as companheiras mais fortes, mais unidas.
Joilson esmagado aos pés do cidadão, velai pelas crianças sem casa, amor e pão.
Frei Titto e João Bosco do nosso Ribeirão livrai-nos da tortura, salvai-nos da opressão.
Animadores leigos, sal da comunidade, fazei de toda a Igreja um povo de verdade.
Rútilio e Rodolfo, Josimo e Ezequiel, fazei de todo o Padre testemunha fiel.
Romero e Angelelli, da doação maior tornai nossos Pastores iguais ao bom Pastor.
-Ó Senhor, sede nossa salvação!
T – Ouvi-nos, Senhor!
-Libertai-nos do pecado e da opressão!
-Acolhei o clamor dos oprimidos!
-Retornai ao seu lar os exilados!
-Devolvei-nos os desaparecidos!
-Ajudai-nos a viver organizados!
-Ajudai-nos a livrar o Continente!
-Ensinai-nos a viver na partilha!
-Ensinai-nos a ser pobres com os pobres!
-Que façamos da politica um serviço!
-Que haja terra para todos os sem-terra!
-Que haja casa para todos os sem-casa!
-Que haja pão para todos os sem-pão!
-Que haja paz para todos os sem-paz!
-Renovai toda a igreja no Evangelho!
-Congregai as Igrejas para o Reino!
-Por Belém, Pela ceia e pela Cruz!
-Por que sois Vida e ressureição!
-Pelo Espirito que é vosso próprio amor!
Jesus Cristo, ouvi-nos! Jesus Cristo, atendei-nos!
T - Jesus Cristo, ouvi-nos! Jesus Cristo, atendei-nos!
9- Pai Nosso: https://www.youtube.com/watch?v=lsPDR_912ls
Pai nosso, dos pobres marginalizados. Pai nosso, dos mártires, dos torturados.
1- Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida, teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida, teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão, maldita toda a violência que devora a vida pela repressão O, o, o, o, o, o, o, o.
2- Queremos fazer tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador, não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor, pedimos-te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões, o pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões O, o, o, o, o, o, o, o.
3- Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte, perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é a lei mais forte, protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos, pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos, pai nosso, revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos O, o, o, o, o, o, o, o.
Pai nosso, dos pobres marginalizados. Pai nosso, dos mártires, dos torturados.
10- Partilha dos pães:
Animador: Esta comunhão, que chamaremos de comunhão da terra, será distribuída a todos e a todas para representar a fome saciada pelos que esperam um mundo melhor, sem males e sem injustiça. Felizes os convidados e convidadas para ceia do Deus que humildemente nasceu entre os pobres para com os pobres fazer o Reino dos céus.
https://www.youtube.com/watch?v=X0YeYBEM-SI – Zé Vicente
1- A mesa tão grande e vazia de amor e de paz - de paz! Aonde há luxo de alguns alegria não há - jamais! A mesa da Eucaristia nos quer ensinar - á, á que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar.
Pão em todas as mesas, da Páscoa a nova certeza: a festa haverá e o povo a cantar, aleluia! (2x)
2- Que em todas as mesas do pobre, haja festa de pão - de pão. E as mesas dos ricos, vazias, sem concentração - de pão! Busquemos aqui, nesta mesa do Pão redentor - do céu, a força e a esperança que anima o povo de Deus!
3- Bendito o Ressuscitado, Jesus vencedor - ô, ô, o pão partilhado, a presença Ele nos deixou - deixou! Bendita é a vida nascida de quem se arriscou - ô, ô, na luta pra ver triunfar, neste mundo, o amor!
11- Entrega dos anéis de tucum:
Animador: O anel de tucum é um símbolo usado por aqueles/as que acreditam no compromisso preferencial das Igrejas com os pobres. O objetivo é resgatar este compromisso e denunciar as causas da pobreza. Este é o compromisso simbolizado nesta aliança, já que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento os profetas e apóstolos afirmam a fidelidade de Deus aos pobres e oprimidos. A aliança de tucum é o sinal desta fidelidade, deste compromisso. Além da Bíblia, a opção pelos pobres é testemunhada também por toda a tradição da Igreja, principalmente na América Latina, a partir do Concílio Vaticano II e das Conferências dos Bispos em Puebla e Medelin. Esta opção é a essência mesmo da vida cristã porque está ligada à imitação da vida de Cristo. Mas esta opção não é apenas uma responsabilidade individual. Neste momento da história, ela implica um compromisso social que está ligado à partilha e acesso à propriedade dos bens absolutamente necessários à vida. Deus está do lado dos pobres porque Deus ama os pobres. Por isso o cristão é chamado a seguir este mesmo exemplo de amor e opção preferencial que tenta promover a dignidade humana. No pobre revela-se o rosto do próprio Deus (Mt 25,40).
No filme “Anel de Tucum”, Dom Pedro Casaldáliga explica assim o sentido desta aliança: “(…) Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia. É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas. E, as suas consequências. Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte (…)”. Mantendo viva a chama da Pastoral da Juventude do Meio Popular em nossa comunidade, assumindo as causas do evangelho, a missão de Jesus Cristo e de todos os mártires da caminhada de nossa Igreja, vocês topam receber e usar com fidelidade o anel de tucum?
(Logo depois se faz a distribuição dos anéis, enquanto se canta o refrão:
https://www.youtube.com/watch?v=DS1g0gH_iKU
“Não deixe a lamparina apagar (bis) Pois ninguém sabe a hora que o noivo vai chegar (bis)”)
12- Oração:
Deus da Vida e do Amor, Trindade Santa: em irmandade com os mártires da caminhada da Nossa América, vos louvamos e agradecemos pela força que derramastes em nossos corações, para derramar a vida e a morte pela Vida, no Amor.,
Como Jesus, foram fiéis até o fim, como Jesus eles e elas deram a prova maior. Por Ele e com ele, venceram o pecado, a escravidão e a morte. E vivem gloriosos, sendo páscoa na páscoa.
Derramai também em nós o vosso Espírito de união, de fortaleza e de alegria, para que demos totalmente as nossas vidas pela causa do vosso Reino. Por esses muitos irmãos, por essas muitas irmãs, Testemunhas pascais.
Por Maria, a mãe da testemunha Fiel. E pelo mesmo Jesus Cristo, o Crucificado, e pelo mesmo Jesus Cristo, o Ressuscitado, Primogênito vencedor da morte.
Amém, Axé, Awere, Aleluia! (Dom Pedro Casaldáliga)
13- Benção Final: Que o Deus da vida e da resistência que olhou para os mártires da caminhada, volte seus olhos para nós e nos faça caminhar na esperança da libertação, agora e para sempre, Amém, Axé, Awere, Aleluia!
Louvado seja o nosso senhor Jesus Cristo
-Para sempre seja louvado.
Referencias bibliográficas, músicas, filmes e imagens:
-Bíblia Sagrada edição Pastoral;
-Oficio dos mártires da Caminhada Latino-americana;
- http://www.cebsdobrasil.com.br/;
- http://www.pjmp.org/;
-Dossiê Teologia da Libertação - Emerson Sbardelotti;
-Documentário Pé e Fé na Caminhada – Verbo filmes;
- http://www.atelie15.com.br/;
Comentar