Campanha da Fraternidade 2020 e os Jovens

Por meio do tema e do lema da Campanha da Fraternidade 2020 – Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso / "Viu, sentiu compaixão e cuidou dele" (Lc 10,33-34) –, somos convidados a refletir sobre o significado mais profundo da vida em suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.

O tema deste ano está relacionado à parábola do bom Samaritano, que vai refletir quem é o nosso próximo. O sacerdote e o levita faziam o papel das pessoas que possuíam crédito entre a população – pessoas de boa índole que viviam para servir. O samaritano era a imagem mais odiada na Galileia e na Judeia, ainda que também fosse judeu, de uma forma ou de outra. E é exatamente o samaritano que se tornará o próximo, o irmão daquela vítima da maldade humana.

O doutor da lei compreendia bem a necessidade de se amar a Deus, mas ainda não tinha claro na mente quem era o seu próximo, é duro para o doutor da lei aceitar uma pessoa que era considerada inimiga como seu próximo. Jesus acena para a importância de amarmos os nossos inimigos, pois podem ser eles os únicos que nos estenderão as mãos quando estivermos necessitados!

A Igreja tem de ser Samaritana. Ela tem de buscar os sofredores, os indigentes, os abandonados e os desprezados pelo sistema selvagem em que vivemos! Basta de sermos Igreja espectadora! Já é hora de nos tornarmos Igreja ativa, que trabalha, põe a mão na massa para mudar a realidade.

“Ser capazes de sentir compaixão: esta é a chave. Esta é a nossa chave. Se diante de uma pessoa necessitada você não sente compaixão, o seu coração não se comove, significa que algo não funciona. Fique atento, estejamos atentos. Não nos deixemos levar pela insensibilidade egoística. A capacidade de compaixão se tornou a medida do cristão, ou melhor, do ensinamento de Jesus.” (Papa Francisco <https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-07/papa-francisco-angelus-b... >  Acessado em 11. Jan. 2020)

O Bom Samaritano permanece junto ao assaltado e garante-lhe acolhimento e cuidado: VER, SENTIR COMPAIXÃO E CUIDAR, são os verbos de ação que nos conduzirão no tempo quaresmal. Que possamos nos dispor a uma profunda conversão da cultura da morte para uma cultura de vida.

Guilherme Monteiro
Assessor do Setor Juventude Diocesano
Assessor da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) na Diocese de Nova Iguaçu - Rio de Janeiro
[email protected]

 

ENCONTRO “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”

Motivação: O cuidado e a valorização da vida, centro do Evangelho, estará ainda mais na pauta da Igreja Católica do Brasil. Isso porque este é o apelo da Campanha da Fraternidade 2020, que tem na Santa Dulce dos Pobres sua principal inspiração.

Além de chamar a atenção para a vida que deve ser preservada desde a concepção até o seu fim natural, a Campanha do próximo ano põe a atenção nas mais variadas formas de degradação da vida em nosso país, passando pelos migrantes, indígenas, presos, dependentes químicos, desempregados e também os que possuem alguma doença mental, causadora de sofrimentos diversos, como o suicídio. Discutido recentemente no Sínodo dos Bispos para a Amazônia, a Casa Comum, como o Papa Francisco chama a natureza e seus recursos, também está no centro da motivação da CF.

Ambiente: Cartaz CF 2020, Bíblia, Vela, imagens de jovens.

Oração: Campanha da Fraternidade 2020

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele.” – Lc 10, 33-34

  • OLHAR O ESPELHO DA VIDA : “Vilarejo da Desesperança”.

O local possui todo tipo de problemas, mas o pior deles é a falta de água e, com isso, a escassez de alimento. Em um determinado momento um jovem da cidade grande, o Emanuel, chega àquele lugar sem saber o que ocorria alí. Ele observa tudo atentamente e se compadece com o sofrimento daquelas pessoas. Ele vê também uma criança que não tem sapatos, e por este motivo, vai à escola descalça, com isso podendo contrair doenças. Emanuel conversa com as pessoas para saber do que elas precisam, e sai em busca de ajuda. Dias depois ele retorna ao vilarejo com um grupo de 12 pessoas que o ajudam a “reconstruir” aquele local. Eles procuraram empresas que pudessem contratar os adultos desempregados, cobraram das autoridades melhorias para o bairro, levaram ajuda de saúde e ajudam as pessoas a plantar suas hortas. Todos estão radiantes de alegria por terem água e por saber que agora podem plantar tudo o que quiserem, pois a seca não matará as sementes. Emanuel tira de uma sacola um par de tênis e entrega para a criança. No fim, todos estão tão felizes que mudam o nome do local para “Vilarejo da Esperança”.

  • PROPOSTA DE ATIVIDADE

Organize uma roda de conversa com os jovens sobre como percebem o tema da desigualdade social no país, no estado e no município em que eles vivem. Proponha questionamentos como:

  1. “Por que existe desigualdade social?”;
  2. “O que podemos fazer para mudar essa realidade?”;
  3. “Será que a desigualdade social sempre existirá em nossa sociedade?”;
  4. “Nossa sociedade sempre foi assim?”.
  • Música: Seu nome é Jesus Cristo
     
  • AÇÃO CONCRETA DA JUVENTUDE:
  1. O que nos propomos a fazer para mudar essa realidade?
  2. Como conscientizar os jovens para essa realidade?
  • Preces espontâneas
     
  • Oração Final: Pai Nosso e Ave Maria

Observação: Mande relatos e fotos com a #CF2020NI

 

Guilherme Monteiro
Assessor do Setor Juventude Diocesano
Assessor da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) na Diocese de Nova Iguaçu - Rio de Janeiro
[email protected]

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