Carta de Lurdinha (Mãe da PJMP) aos participantes da Escola Nacional de Formação

Recife, 23 de junho de 2011. 

Queridos jovens da amada PJMP

É com o coração cheio de alegria que chego até vocês. Digo que o faço com alegria, pois de um modo especial, este mês de julho marca os 33 anos de nascimento do Movimento dos Jovens do Meio Popular – MJMP, hoje a nossa Pastoral de Juventude do Meio Popular - PJMP.

Ao celebrarmos trinta e três anos presente nas vidas, nos corações, nas lutas e nos sonhos de muitos que fizeram e fazem parte dessa história, queremos dizer que cada jovem engajado nessa caminhada é a resposta de que a presença amorosa de Deus nos acompanha e nos abençoa.  Percebemos Sua força em cada momento dessa história, pois sob o olhar terno e carinhoso de Jesus Cristo, “a semente do Novo lançada na luta do povo”, cresce e frutifica.

Quantos desafios enfrentados! No entanto, esses foram e são percebidos como abertura para fazermos a vontade de Deus: vivenciar e testemunhar nossa fé no Cristo Libertador, comprometidos com a transformação da pessoa humana e da sociedade.

Hoje temos consciência de que vivemos em uma sociedade em crise, crise que atinge de um modo especial os jovens, que são violentados em todos os aspectos das suas vidas. No entanto, é nesse chão que vivemos e somos chamados a “mostrar as razões de nossa esperança”.

Para isso, amados jovens, precisamos de uma formação assumida com compromisso e responsabilidade que nos permita enfrentar os desafios que nos são postos. Uma formação que, a partir dos valores evangélicos e éticos possibilite a descoberta dos nossos próprios valores e possibilidades. Uma formação que nos ajude a crescer no amor e na amizade de Jesus Cristo. Que permita a cada um, a cada uma olhar a própria vida, a sua relação com os outros, com a natureza e com Deus e assumir a luta na construção do Reino, reino esse que já podemos saborear na terra.

Precisamos, pois, nos apropriar de conhecimentos e habilidades os mais diversos, ao mesmo tempo em que buscamos aprofundar nossa Fé e vivenciar uma mística - espiritualidade encarnada na história.

Aproveitemos, queridos jovens, o tempo presente, pois é aqui e agora que, como sujeitos fazemos nossa história, na certeza de que “com o coração, com as duas mãos, com todo o povo, a gente faz um mundo novo”.

Um abraço carinhoso para cada um, cada uma de vocês na comunhão com a luta dos empobrecidos à luz da fé na pessoa de Jesus Cristo.

 

                                                                          Lourdes Cavalcante