Iniciando um grupo de jovens da PJMP - guia para animadores - Arquidiocese de Fortaleza

2018

***O subsídio completo, com figuras e diagramação, pode ser baixado livremente CLICANDO AQUI***

 

Iniciando um grupo de jovens da Pastoral da Juventude do Meio Popular.

Preparando o Terreno:

Quem se dispõe a formar e acompanhar um novo grupo de jovens da PJMP precisa ter conhecimento de algumas coisas como:
• O objetivo da Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) – para que criar grupos?
• As etapas de caminhada do grupo;
• O tipo de grupo que a PJMP propõe;
• E principalmente: amor e confiança na juventude, saber como convocar e reunir o pessoal e o que fazer para que o grupo se organize e se firme.

NOSSO OBJETIVO:

A Pastoral da Juventude do Meio Popular tem como objetivo:
“Evangelizar os jovens da classe popular no meio em que eles vivem e atuam, anunciando a Pessoa e o Projeto de Jesus Cristo Libertador com vista a uma prática libertadora na igreja, na sociedade, na família e em todos os momentos de sua vida."

A evangelização verdadeira se dá sob três características fundamentais e imprescindíveis:
1. O anúncio;
2. O testemunho de vida;
3. A denúncia.

"O Evangelho é a boa nova que Jesus veio ao mundo anunciar." (Canto das comunidades) Mas, qual a boa nova que Jesus veio ao mundo anunciar?

"O Espírito do Senhor está sobre mim. Ele me escolheu para anunciar as Boas - Notícias aos pobres e me mandou anunciar a liberdade aos presos, dar vistas aos cegos, por em liberdade os que estão sendo oprimidos, e anunciar o ano em que o Senhor vai salvar o seu Povo." (Lc 4. 18-19).

A formação tem que ser integral:

Para sermos mulheres e homens livres e libertadores/ras é preciso que a formação nos ajude a desenvolver todas as dimensões de nossa vida.

Formação integral é uma formação que atenda:
➢ A dimensão afetiva, ajudando a pessoa nas suas relações com a família, amigos, namoro, etc...;
➢ A dimensão social, integrando os e as jovens na vida do grupo e na vida da comunidade;
➢ A dimensão espiritual, ajudando os e as jovens a crescer na fé;
➢ A dimensão política, desenvolvendo o senso crítico e ajudando a tornar-se sujeito transformador da história;
➢ A dimensão técnica, capacitando para a liderança, planejamento e organização participativos.

Essa formação vai acontecer através de todas as atividades e durante o tempo de caminhada, para isso juntamos teoria e prática, reflexão e ação, reflexão da realidade sobre a luz do Evangelho. Por isso, não aceitamos grupos que só rezam, ou que se reúnem para discutir teoria, ou só para realizar ações sem reflexão e planejamento.

Caminhamos por etapas:

Ninguém ser torna “novo homem e nova mulher”, comprometidos com o Projeto Libertador de Jesus de uma hora para outra. Há um processo a ser vivido e passos que precisam ser respeitados. Um grupo é como a gente, fomos planejados e chamamos à vida para o amor.

1. Depois que as pessoas foram convidadas, leva um tempo de “gestação” para ele nascer como um grupo verdadeiro. As pessoas vão se conhecendo, se integrando, descobrindo o que é grupo, sua importância, como organizá-lo e como trabalhar nele.

2. Quando o grupo está firme e organizado começa um longo caminho no qual seus participantes vão vivendo uma experiência participativa de formação até chegarem a uma opção pessoal de compromisso com o Projeto de Jesus. Essa caminhada é como um treinamento do compromisso cristão ou como um ensaio da Nova Sociedade.

3. Os jovens que realizam esta caminhada e tem uma ação comprometida por causa de sua fé, são chamados de militantes. É uma nova situação de vida, que exige novas formas de continuação de formação.

A reunião:

A reunião é um momento importante e fundamental na vida do grupo. É no processo de reunião que o grupo nasce, cresce e amadurece. A reunião é como o “miolo” da fruta, na formação integral do jovem que entra no processo.

1. ACOLHIDA: É o começo da reunião. O(a) animador(a) devem dar uma atenção especial a este momento do encontro e acolhida dos membros do grupo (de maneira a criar um clima de amizade e intimidade). O local de encontro deve ser preparado antes, de modo a favorecer a comunicação, o encontro com o outro; evitando dispersão ou a distração, com símbolos que representem a caminhada do grupo e/ou da comunidade e que tenha sentido com a temática do encontro. O(a) animador(a) deve dizer algumas palavras que sintetize o objetivo da reunião para que todos estejam por dentro do conteúdo da reunião. A acolhida inicia-se com uma recepção, oração inicial e a apresentação de novos participantes, com uma saudação, um canto alegre e apropriado para o encontro.

2. RELEMBRANDO O ENCONTRO ANTERIOR: é o momento de fazer a memó-ria do grupo. Lembrar os pontos mais importantes que foram falados, lembrar as decisões tomadas e cobrar as atividades que foram distribuídas para serem feitas pelos membros do grupo.

3. OLHANDO A NOSSA REALIDADE: considerando que a reunião precisa partir sempre da vida concreta dos jovens, situados no bairro onde moram com suas dificuldades e alegrias, o(a) animador(a) deve estar atento para ir aos poucos trabalhando este aspecto nos participantes do grupo, “tirando a trave dos olhos” para que eles tomem consciência de sua própria realidade.
❖ A metodologia: o objetivo da metodologia é passar um conteúdo, uma ideia. Para isto o(a) animador(a) deve ter claro aonde se quer chegar, isto depende do conhecimento, da preparação, da execução e de sua aplicação ao tema proposto.
❖ Avaliação da metodologia: o seu resultado depende da avaliação do que foi feito, quando o grupo entende o conteúdo trabalhado e partilha os sentimentos vividos. Quatro elementos são importantes nesta avaliação: Como foi o trabalho? Todos se envolveram? Como se sentiram? O que o grupo aprendeu com metodologia aplicada?
❖ Neste momento é importante o(a) animador(a) anotar todas as respostas do grupo, apresentar uma síntese e ajudar a concluir essa parte, ligando com a seguinte.

4. CONFRONTANDO COM A VIDA DE JESUS/PALAVRA DE DEUS: a comparação bíblica, neste momento, ajuda o grupo a descobrir atitudes de Jesus diante de uma situação semelhante à vivida pelo jovem e introduz a oração que segue no final da reunião. A iluminação bíblica é necessária para que os jovens possam assumir os valores evangélicos comparando a sua vida com a de Jesus. Nem sempre é fácil a aplicação da bíblia, uma vez que os jovens tem dela pouco conhecimento, é necessário ir pensando com o grupo como estudá-la mais a partir da leitura orante e popular da bíblia.

5. ASSUMINDO PEQUENAS ATIVIDADES: (compromisso de vida), no início do grupo, os jovens dificilmente assumem grandes ações. É necessário um treinamento de atitudes e atividades a serem cultivadas com intensidade durante a semana seguinte. Trata-se de ver a realidade, confrontá-lo com o apelo de Jesus e assumir na sua vida de jovem uma atitude nova e cristã.

6. CELEBRANDO A VIDA-ORAÇÃO: o que foi descoberto ou experimentado torna-se agora oração. Este é um momento de reflexão, contemplação de Deus. Precisa-se evitar o vício de recitar mecanicamente o Pai Nosso e Ave-Maria. Despertar os jovens para oração pessoal e comunitária. Para isso, usar salmos, orações espontâneas... para despertar o gosto pela oração, ela precisa ser preparada com criatividade.

7. AVALIAÇÃO – REVER A REUNIÃO: avaliar tudo que foi feito durante a reunião. Esta avaliação ajuda os jovens a despertar o senso crítico e a participar com mais entusiasmo.

8. PREPARAÇÃO DO PRÓXIMO ENCONTRO: combinar com o grupo sobre o próximo encontro. O tema, as pequenas tarefas que eles já são capazes de realizar, lembrando que no início do grupo os jovens assumem bem pouco. Não cobrar muito, caso contrário ele fogem do grupo.

9. AVISOS E DESPEDIDAS.
Observações: além destes elementos, o grupo pode acrescentar outros como exemplo: dinâmica, como introdução de algum tema ou brincadeira no final da reunião.

O(a) animador(a) deve estar preocupado(a) durante todo o tempo com a formação integral do jovem. Por isto, é importante despertá-lo para falar, falar de si, participar da reunião, avaliar, perceber a sua realidade, assumir pequenas tarefas, rezar... é fundamental para o crescimento no grupo que os jovens desenvolvam pequenas tarefas.

 

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