Relatório sobre nossa XVII Assembléia Nacional da PJMP

Três meses depois da realização do 5º Congresso Nacional, aconteceu a nossa XVII Assembleia Nacional da PJMP (XVII ANPJMP). Nesse momento, a mística apontava para Palmares (região da mata sul de Pernambuco), local de encontro e reencontro, escolhido para celebrarmos a nossa XVII ANPJMP, nos dias 15 a 18 de novembro.

O tema escolhido foi: “Firmes na estrada a gente segue caminhando.” Lema: “E a Boa Nova é anunciada aos pobres, pelos pobres.” Como iluminação bíblica: “Vinde e Vede. Eles foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com Ele.” (João 1, 39).

Uma assembleia é sempre um espaço de avaliação, planejamento e fortalecimento. Esses três elementos não faltaram em nossa XVII ANPJMP. Refletimos sobre nossa metodologia pastoral e os passos que foram dados nesses 40 anos de caminhada. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou.” (Eclesiastes 3, 1-2). Várias sementes foram lançadas na esperança e confiança de colhermos num futuro bons frutos. Em nossa assembleia nacional elegemos uma nova Coordenação Nacional, um novo Secretário Nacional, uma nova Comissão Nacional de Assessores. Também atualizamos e construímos coletivamente o Plano Político Pastoral Missionário da PJMP para os próximos seis anos.

Durante a Assembleia escrevemos uma carta de apoio baseados nos últimos ataques que a CNBB tem sofrido. São tempos difíceis, de quebra do modelo democrático e de retrocessos de históricas conquistas que ajudamos a construir ao longo desses 40 anos de caminhada pastoral. Na carta, reiteramos nossa solidariedade e apoio inabalável à CNBB.

Também durante a Assembleia resolvemos escrever ao nosso querido Papa Francisco. Exortando a nossa alegria com o seu pastoreio simples e apaixonado. E parabenizando-o pelo Sínodo dos Bispos sobre as juventudes e seu documento final que tanto tem a nos dizer.

Filipe Xavier - PE
Secretário da PJMP Nacional
(081) 98683-4034 | [email protected]

Abaixo estão os documentos produzidos durante a XVII ANPJMP.
Caso você queira baixá-los para o seu computador, vá até o final da página e você encontrará os arquivos em PDF.

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MOÇÃO DE REPÚDIO E RESISTÊNCIA

Nós, delegados e delegadas, da XVII Assembleia Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular – ANPJMP, reunidas/os entre os dias 15 a 18 de novembro de 2018, na cidade de Palmares – PE, regional Nordeste 2, vimos por meio desta e diante do atual cenário político, social e econômico, repudiar as ameaças apresentadas pelo novo, “velho”, governo federal, que alarma e já apresenta propostas que vão contrárias ao interesse popular e a soberania nacional como: as privatizações das Estatais; reforma da previdência que retira direitos; não demarcação de terras indígenas e quilombolas; escola sem partido; revogação do estatuto do desarmamento; redução da maioridade penal; privatização do ensino público superior e criminalização dos movimentos sociais e de lutas populares.

Repudiamos qualquer forma de violência, desrespeito, autoritarismo, perseguição e desmonte do Estado Brasileiro e da nossa democracia.

Seremos firmes e seguiremos juntas e juntos na resistência, aliando-nos aos movimentos sociais populares e demais parceiros que lutam pela democracia, soberania nacional, garantia de direitos e justiça social em nosso país.

“Não soltemos as mãos de ninguém.”

Palmares – PE, 18 de novembro de 2018

XVII ASSEMBLEIA NACIONAL DA
PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR - ANPJMP

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CARTA DA PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR AO PAPA FRANCISCO

Querido Papa Francisco,

Nós, jovens participantes da XVII Assembleia Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular – ANPJMP, reunidos/as entre os dias 15 a 18 de novembro de 2018, na cidade de Palmares, estado de Pernambuco, Regional Nordeste 2 do Brasil, assumimos o compromisso de pensar com criatividade os passos da pastoral para os próximos anos. Acentuamos que a PJMP é uma pastoral juvenil, específica, que trabalha com os/as jovens empobrecidos/as do campo e da cidade para o seguimento de Jesus Libertador (cf. Cl 4, 14-21). Esta pastoral nasceu nos idos dos anos 70, nas terras do Nordeste do Brasil, com grande impulso de nosso querido Dom Helder Camara.

Com alegria, a PJMP tem acompanhado o seu ministério como Bispo de Roma, suas atitudes e discursos nos encorajam a sermos e, como procuramos fazer no dia a dia, uma Igreja em saída que corre o risco de se acidentar e se ferir pelas estradas (cf. Evangelii Gaudium, 49).

Nós jovens do meio popular, nos empenhamos a sermos “caminheiros da fé” e levarmos Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça (cf. Evangelii Gaudium, 106), não com pessimismo estéril, mas com entusiasmo e ousadias próprias de nossa idade.

Seguindo o seu testemunho, nos associamos à sua decidida e profética coragem de querer uma Igreja que viva a sua conversão pastoral e busque abandonar ultrapassadas estruturas (cf. Documento da 4º Conferência Episcopal Latino-Americano em Aparecida, Brasil, 365).

Agradecemos pela realização do Sínodo dos Jovens (03 a 28/10/18), como oportunidade para ver e conhecer a realidade juvenil, saber seus clamores e esperanças e, oportunizar para que os jovens sejam “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5, 13-14).

Reafirmamos nosso compromisso como PJMP, com a proposta evangelizadora da Igreja em saída para as periferias sociais e existenciais, porque está em sintonia com as grandes linhas do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), as diretrizes e orientações pastorais da 2º Conferência Episcopal Latino-Americano em Medellín, Colômbia (1968), que para a geografia e realidade latino-americana, levaram nossos bispos a abraçar profeticamente a “opção preferencial pelos pobres”.

No chão da América Latina, queremos com ternura, sensibilidade, coragem e geração da vida, espalhar as boas novas do Reino, tendo força, trazendo as marcas no corpo, não deixando calar os gritos que sobem das cidades e dos campos, firmes na estrada, a gente segue caminhando, porque“a esperança dança na corda bamba de sombrinha” (cf. Trecho da música O bêbado e a equilibrista, Elis Regina), mas não nos desencanta.

Querido Papa, queremos caminhar juntos, na percepção da necessidade suave do sopro do Espírito que antecede as ações e renova todas as coisas. Queremos caminhar anunciando o Evangelho e testemunhando-o como anúncio e presença do Reino de Deus entre nós. Continuamos rezando por sua pessoa e seu ministério como Bispo de Roma.

Das terras do Padre Ibiapina, do Padre Cícero, do Padre Antônio Henrique Pereira Neto, do Dom Helder Camara, da Beata Maria de Araújo, invocamos de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, sua maternal intercessão.

Palmares, 18 de novembro de 2018.

XVII ASSEMBLEIA NACIONAL DA
PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR – ANPJMP

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CARTA DOS/AS PARTICIPANTES DA XVII ANPJMP A CNBB
AO
EMINENTÍSSIMO CARDEAL DOM SÉRGIO DA ROCHA,
Arcebispo de Brasília – DF e Presidente da CNBB.
AO
REVERENDISSÍMO BISPO DOM VILSOM BASSO, SCJ,
Bispo de Imperatriz – MA e Presidente da CEPJ CNBB.

Nós, participantes da XVII Assembleia Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular – ANPJMP, reunidas/os entre os dias 15 a 18 de novembro de 2018, na Diocese de Palmares – PE, Regional NE 2, vimos, em carta, manifestar nossa palavra de solidariedade, de apoio e reconhecimento à CNBB, pelo que ela é pelo que ela representa para a Igreja e sua incidência nos rumos da sociedade brasileira.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB recebeu, nos últimos meses, violentos ataques verbais, dos quais somos sabedores através das mídias. Ataques que tentam desqualificar e minimizar a sua importância como umas das instituições sérias, de notável contribuição prestada à Igreja e à sociedade.

Desde o seu início, a CNBB, na bonita inspiração de nosso querido Dom Helder Camara, prima pela colegialidade de nossos pastores (cf. DAp, 181), uma pastoral de conjunto que não deseja uniformidade, mas a sintonia de uma caminhada onde a unidade se faz na variedade de carismas, serviços, ministérios e metodologias pastorais, privilegiando a autonomia, a comunhão e um forte espírito de sinodalidade.

A CNBB mostra-se bem claramente atuante nas suas notas, declarações, pronunciamentos e documentos onde, para a própria Igreja e a sociedade, busca ser uma Igreja em saída (Cf. EG,20), solidária com as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos pobres e sofredores (Cf. GS, 1).

Defendemos a CNBB e nos associamos aos nossos Pastores, porque acreditamos ser esta uma instituição defensora da cultura democrática, do combate à corrupção em todas as suas manifestações, de uma sociedade economicamente justa, politicamente ética, socialmente solidária, culturalmente plural e ecologicamente equilibrada, porque se associa às grandes lutas pela paz, pela sociedade do Bem Viver e por defender os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, tudo na perspectiva do desenvolvimento integral e do bem comum.

Em tempos de intolerância e de irracionalidades é indispensável estabelecer diálogos, “aflige-nos profundamente tal situação, tão carregada de ameaças para o futuro. No entanto, não perdemos a esperança” (Cf. PP, 64).

De todo o coração, reafirmamos o apoio aos nossos pastores e a eles nos unimos fraternalmente na defesa da vida plena para todos (Cf. Jo 10,10), na afirmação de nossa esperança sem esmorecer (Hb 10,23).

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, seja nossa fiel intercessora.

Palmares – PE, 18 de novembro de 2018.

XVII ASSEMBLEIA NACIONAL DA
PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR – ANPJMP

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RELATÓRIO DA XVII ANPJMP

Eis os relatos dos momentos que construíram a XVII ANPJMP.

Quinta-feira, 15 de novembro de 2018.

A XVII Assembleia Nacional da Pastoral da Juventude do Meio Popular – PJMP, tendo como tema: “firme na estrada a gente segue caminhando”, tendo como iluminação bíblica: “Vinde e vede. Eles foram, viram onde Jesus morava e permaneceram com ele. (João 1,39). Realizada entre os dias 15 a 18 de novembro de 2018, na Diocese de Palmares, Palmares – PE.

A assembleia iniciou-se as 18:00hs do dia 15 de Novembro de 2018 com missa de abertura celebrada na Catedral de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, presidida por Dom Henrique Soares, Bispo da Diocese de Palmares e concelebrada por Dom Antônio Carlos, Bispo da Diocese do Caicó-RN e Bispo referencial da CEPJ (Comissão Episcopal Pastoral para as Juventudes) Regional NE 2, juntamente com alguns padres do Regional Nordeste 2.

Logo após a Celebração Eucarística, os participantes da XVII ANPJMP reuniram-se no auditório do Centro de Treinamento São João XXIII para momento orante coordenado por Ulisses Willy, Assessor Nacional da PJMP; a acolhida ficou a cargo de Welington Neto, Secretário Nacional da PJMP; e a apresentação da programação da XVII ANPJMP foi feita pelo companheiro Edvaldo Jericó, Assessor Nacional da PJMP.

Sexta-feira, 16 de novembro de 2018.

As 08:00hs da manhã, os participantes se reuniram no auditório superior e foram acolhidas e acolhidos com um momento de oração coordenador pela equipe de liturgia. Na oração, refletimos alguns aspectos do texto do Evangelista João (Jo 1, 39) e também formos embalados pelas palavras de Clarice Lispector: "Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."

Em seguida, foi feito a apresentação da programação do dia juntamente com a apresentação e leitura do regimento da XVII ANPJMP.

A programação da manhã continuou com companheiro Carlos Cesar de Oliveira (PJMP RJ), mestrando em educação em processos formativos e desigualdade social, o momento formativo teve como base o texto “Do barro ao digital, que popular é esse, que ações pastorais estamos desenvolvendo e quais caminhos desejamos trilhar?”; Carlos apresentou um apanhado de dados reconhecendo os impactos da PJMP na vida acadêmica dele e de outras pessoas. Há cerca de 55 referências a PJMP em trabalhos acadêmicos, sejam eles artigos ou TCC de graduação e pós-graduação em todo país. A conversa seguiu o caminho reflexivo de que “mais é menos”, onde as individualidades se unem formando um coletivo e pela necessidade problematizar as diversas situações vividas por nossa juventude. O texto apresentado traz duas perspectivas para pensarmos a caminhada: o barro e o digital. Entendendo Barro como sendo nossas bases, nossas raízes, que carregam a memória e nossa ancestralidade e Digital como a utilização das mídias digitais e o uso da tecnologia.

Os participantes foram convidados e convidadas a moldar suas recordações em argila a partir da pergunta: “quais memórias eu levo? Onde quero chegar?” e depois partilhar suas memórias com os demais presentes.

Após o almoço, as atividades foram retomadas com uma roda acolhendo companheiras e companheiros de outras Pastorais de Juventude que, estando participando de um outro encontro, passaram para deixar uma palavra, bem como companheiros que chegaram para o segundo período do dia. Para despertar os participantes foram puxados cantos e uma dança circular.
A primeira atividade do período da tarde foi uma análise de conjuntura com Dom Antônio Carlos, bispo da diocese de Caicó no RN e bispo referencial da CEPJ do Regional NE II. Para tanto Dom Antônio usou como base um texto elaborado por Padre Thierry, SJ antes do período eleitoral. A análise de conjuntura nacional é pensada em quatro princípios. O primeiro princípio contemplado foi o da primazia do trabalho contra o capital. Compreendendo que historicamente todo o poder vinha de Deus, a grande pergunta era saber como esse poder aparecia. No Império Romano esse poder divino aparecia na figura do Imperador, já no período da Cristandade esse poder passa a ser dividido entre Estado e Igreja. Já na Revolução Francesa a ideia de poder muda e passa a “emanar do povo”, a igreja passa a ter dificuldades de entender e aceitar esse processo, pois ela dizimava as ideias de poder divino propagadas pela igreja. Somente com papa Leão XIII a igreja apresenta falas sobre a organização de sindicatos. Em 1981, o papa João Paulo II escreve sobre a relação do trabalho e o capital em Laborem Exercens.

Revendo uma análise do período anterior ao das eleições, pensando a partir das pesquisas. A eleição de Bolsonaro não deve ser analisada sem incluir a conjuntura mundial. A igreja vem sofrendo retaliações e dificuldades, principalmente com as falas e posições de Papa Francisco, seus posicionamentos batem de frente com as ideias e anseios do capital.

O Segundo é o princípio do bem comum, significa pensar no bem de todos e de cada um. No pensamento do capital a consciência de que o bem é apenas para alguns, esse discurso é assumido pela extrema direita que “acolhe” as minorias como se elas não fizessem parte do todo. Não mexer no privilégio dos ricos garantiu ao primeiro governo de Lula uma não-oposição. O governo de Dilma chega em um período onde não haviam muitas oportunidades para o governo contornar crises, Dilma era muito mais técnica do que política. A direita se articulou durante esses períodos para retornar ao poder. O bem comum aparece como princípio regular das justas relações do trabalho.

O terceiro princípio: o papel do Estado. Em uma economia liberal o Estado regular a saúde, a educação e a segurança; enquanto a Economia Neoliberal defende que o Estado seja responsável apenas pela segurança e que o Mercado regule as demais coisas, porém o Estado só é mínimo até que se ameace os lucros.

Quarto princípio: Ecologia. Na concepção de Papa Francisco é uma Ecologia Integral. Porém, o capital coloca apenas como aquilo que ajuda o Mercado a se desenvolver dispensando as minorias que atrapalham seu crescimento, como pobres, idosos e crianças.

Para auxiliar na reflexão, Dom Antonio fez a leitura de um texto de Rubem Alves intitulado “Os Ratos e os Queijos”

Os "ratos" e os "queijos"...

“Antigamente, lá em Minas, a política era coisa séria. Havia dois partidos com nome registrado, programa de governo e tudo mais. Mas não era isso que entusiasmava os eleitores. Eles não sabiam direito o nome do seu partido nem se interessavam pelo programa de governo. O que fazia o sangue ferver era o nome do bicho e correlatos por que seu partido era conhecido. Em Lavras, os partidos eram os "Gaviões" e as "Rolinhas".

Em Dores da Boa Esperança, onde nasci, eram os "Ratos" e os "Queijos". Os nomes diziam tudo. Ratos querem mesmo é comer o queijo. E o queijo quer mesmo é se colocar de isca na ratoeira para pegar o rato. Vocês, paulistanos, vão se rir e dizer que isso é coisa de mineiro caipira. Que nada! Suspeito que os mineiros aprenderam lendo jornais dos Estados Unidos. Lá os partidos são bichos. O Partido Republicano é o partido do Elefante. E o Partido Democrático é o partido do Jegue. Pena que esse costume tenha caído em desuso porque ele revela a natureza animal das disputas políticas. Digo "animal" no sentido humano porque animal mesmo não faz política. Como já disse, os eleitores nada sabiam dos programas de governo nem prestavam atenção nas promessas que eram feitas pelos chefões. Sua relação com seus partidos não era ideológica. Nada tinha a ver com a inteligência. Eles já sabiam que política não se faz com razão. Ganha não é quem tem razão. Ganha quem provoca mais paixão. O entusiasmo que tomava conta deles era igualzinho ao entusiasmo que toma conta do torcedor no campo. Aos torcedores pouco importa se os jogadores batem ou não na mulher, se têm ou não têm religião, se têm ou não têm diploma, se roubam sabonetes ou não nas Lojas Americanas, se cheiram ou não cheiram cocaína, se promovem ou não promovem bacanais. O que provoca o entusiasmo não é o jogador. Jogadores são mercenários. Se o Real Madrid oferecer um contrato vantajoso, eles dizem adeus ao Brasil e se mandam para a Espanha. Tudo isso é esquecido quando o jogador entra em campo vestindo a camisa do seu time. Donde vem o entusiasmo? O entusiasmo vem do nome do time, vem da bandeira do time, vem da camisa do time, vem do barulhão da torcida. E quando o time ganha o campeonato é aquela euforia, buzinação, foguetório, provocações. Naqueles tempos o entusiasmo não vinha nem da ideologia nem do caráter dos coronéis. O que fazia o sangue ferver era o símbolo: "Eu sou Rato", "Eu sou Queijo". Corria o boato de que coronel Sigismundo, fazendeiro, chefe dos "Ratos", usava jagunços para matar seus desafetos. Não surtia efeito. Era mentira deslavada dos "Queijos". Corria o boato de que o doutor Alberto, médico rico, chefe dos "Queijos", praticava a agiotagem. Mentira deslavada dos "Ratos". Os chefões, na cabeça dos eleitores, eram semideuses, padrinhos, sempre inocentes. O que dava o entusiasmo era o campeonato. Quem ganharia? Os "Ratos" ou os "Queijos"? Quem ganhasse a eleição seria o campeão, dono do poder, nomeações dos afilhados, até a próxima... Mais de oitenta anos se passaram. Os nomes são outros. Mas nada mudou. Política é a mesma paixão pelo futebol decidindo o destino do país. Os torcedores se preparam para a finalíssima entre os "Ratos" e os "Queijos". É como era na cidadezinha de Dores da Boa Esperança, onde nasci 73 anos atrás...”

Seguindo sua reflexão, Dom Antônio coloca que a fala de Bolsonaro deu forma a posicionamentos que antes eram tidas como imorais e não expostas, como o machismo, o racismo e a homofobia; e a classe média se alia a classe mais alta, de forma errônea, em meio à crise. A igreja, antes de Papa Francisco, era entendida como um regime forte e rígido que limita as falas e os pensamentos. Quando Papa Francisco dá voz a setores anteriormente silenciados ele permite que os demais grupos tenham também suas falas conservadoras mais expostas. As redes sociais passam a ser formadoras de opiniões e de pessoas, o poder do Whatsapp que vinha sendo ignorado se mostrou forte principalmente durante o período eleitoral onde até mesmo os grandes meios de comunicação foram ignorados. Os passos ousados precisam ser pensados e articulados de forma coletiva, pois quem ousar sozinho pode se dar mal.

Em seguida, foi aberto espaço para dúvidas e colocações dos presentes. O companheiro Carlos, do Rio de Janeiro, fala sobre a necessidade da análise e compreensão do contexto macro, onde tudo o que nos acontece está ligado aos demais acontecimentos do mundo. A reforma do ensino médio e a escola sem partido que aparecem como os anseios do capital querendo se apossar do ensino médio. A escola sem partido teria como finalidade minar o movimento de professores e metalúrgicos que ainda conseguem se articular no país. O companheiro Elton, de Sergipe, relembra que nossa geração tem a vivência de três momentos políticos de forma muito intensa: o antes, durante e depois do PT. Por isso, é necessário para nós, que, vivenciamos o crescimento econômico da população, reencontramos as bases para retomar o movimento de crescimento. O companheiro Sérgio, de Alagoas, pergunta a Dom Antônio se seria possível saber como seria a posição da igreja sobre a homossexualidade agora que o presidente é assumidamente contra as minorias.

Dom Antônio finaliza o momento refletindo que não se constrói sociedades de forma individual, em cima de pessoas, matamos nossas pastorais e movimentos quando caímos nesse erro. Costumamos confundir progresso com bem estar. A realidade se impõe a ideia, e a questão LGBT é parte dessa realidade, como o mito da esfinge: ou você interpreta ou é engolido. A questão LGBT mexe com fraquezas individuais. Toda vez que algo carrega ódio é por que toca alguma coisa dentro da gente.

Rosana e Ulisses, que coordenavam o momento da tarde, agradeceram a fala de Dom Antônio, que foi presenteado com uma camisa. Logo após a análise de conjuntura de Dom Antônio, foi convidado a uma fala o padre Alberto Panichella.

Ainda no período da tarde foi feita uma breve apresentação da estrutura do Plano Pastoral Político Missionário (PPPM). Após a leitura, os presentes foram divididos em quatro grupos para pensar e elaborar a matriz SWOT, também conhecida como FOFA; onde se analisam Forças, Oportunidades (questões internas a pastoral), Fraquezas e Ameaças (questões externas a pastoral) em relação a nossa caminhada pastoral. Depois de 30 minutos em grupos os pontos foram apresentados.

Forças – criatividade artística; valorização das culturas populares; encontro de formação de base (paróquias, nacionais e regionais); articulação coletiva; articulação e rearticulação nas bases; acolhimento profundo as diferenças de identidade étnicas e gênero; místicas; atividades permanentes; engajamento político; apoio e acompanhamento de religiosos e religiosas; caráter ecumênico e inter-religioso; o preocupar com o cuidar do outro; participação social; ardor missionário; acolhimento pastoral; formação pastoral, educacional e acadêmica; presença de jovens nas universidades; a opção pelos pobres e excluídos; cuidado com a casa comum; ocupação dos espaços e reconhecimento das CEB´s na PJMP; engajamento familiar; PJMP sempre.

Fraqueza – falta de subsídios atualizados; falta de uma assessoria mais presente nas bases; formação de novas lideranças e sustentabilidade; falta de domínio nas mídias sociais; ocupar espaços; falta de mapeamento atualizado da PJMP; dificuldade do jovem assumir espaços de liderança.

Oportunidades – alguns documentos da igreja católica como o próprio sínodo e outros materiais; parcerias como forma de fortalecer a pastoral com outros movimentos e ampliar o leque de parceiros que possam colaborar com nossas ações (MST, Cáritas, CPT, CEB´s, OPA); acesso as universidades: por meio de cursos e movimentos estudantis; estrutura da CEPJ; conselhos paroquiais de juventude, além de eventos como conferências e fóruns; cursinhos populares; redes sociais – meio que facilite o contato com os jovens; canais de informação na internet – a exemplo do canal futura; mandatos políticos; padres, bispos e demais religiosos da ala progressista; mandatos político popular e de representatividade pastoral; parceria com demais pastorais; comissão oito da CNBB e com as pastorais sociais e Cáritas; articulações de grupos de bases em espaços além das igrejas (escolas e universidades); realizações de movimentos de educação popular (cursinhos pré-enem); parceria com movimentos sociais e grupos; igreja saída para periferias; parcerias internacionais e para além da eclesialidade; redes de economia popular solidária;

Ameaças – reformas estruturais (trabalhista, previdência e educação); conservadorismo e ultraconservadorismo na igreja e fora dela; movimento neopentecostal; redução e retirada de programas sociais; processos de privatizações (SUS e água); violência e criminalização da juventude e feminicídio; êxodo rural (aumento); desemprego; fome; movimentos sócias denominados como terroristas; Fake News e perseguições cibernéticas; crescimento da direita e extrema direita no parlamento; fundamentalismo pentecostal; práticas homofóbicas.

Sábado, 17 de novembro de 2018.

O terceiro dia de assembleia iniciou as 08:00hs, após o café, com um momento de espiritualidade iluminado pelo Evangelho de Marcos 11, 25-30; seguido da leitura de um poema do companheiro Elias Gomes.

Um sopro apagado
Dias de dores vivemos!
Abrem feridas em nossos corpos.
A nossa alma sangra sem parar!
A morte se torna algo comum?
É cultura de matar?
Dias de crimes presenciamos!
Matam crianças, jovens e velhos
Todos têm aquele direito soberano
Tirar a vida?
Normal?
É cultura de matar
Dias de dores comungamos!
As mães gritam pelas perdas
Os jovens morrem sem direitos a gritar.
A sociedade se cala, oprimida
É cultura de matar?
Dias de mortes impostas!
A vida nada mais é...
Um tiro, uma surra, uma pancada,
Faz esse dom divino exalar!
É cultura de matar?
Dias de impunidades partilhamos!
Nada se faz para morte combater...
A sociedade geme em silêncio,
Vendo os seus partirem,
Sem ao menos se defender...
Se os olhos não abrirem!
Se os cordões não se unirem!
Realmente!
Será cultura de matar
Poema de Elias Gomes, PJMP Bahia

Após o momento de oração os trabalhos foram retomados com o companheiro Carlos, dando continuidade à formação abordando a temática: Do barro ao digital, que popular é esse, que ações pastorais estamos desenvolvendo e quais caminhos desejemos trilhar? O assessor retomar o dia anterior lembrando-se do processe feito com a FOFA (Força, Fraqueza, Oportunidade e Ameaças).

Carlos apresenta ao grupo as provocações iniciais ao debate: Como é que a educação popular pode trabalhar com o digital, levando em consideração que o digital é apenas uma ferramenta dentro desse processo. De que formar esse digital, a luz da memória pode contribuir com as metas que serão traçadas ao longo da construção do PPPM? Como podemos colocar isso a serviço da educação popular? Em seguida, o assessor passou a música Se Calarem a Voz dos Projetas e um vídeo para a reflexão. Posteriormente, Carlos, fez a seguinte provocação: Os projetos se construíram a partir das nossas experiências? Também foram colocadas algumas problematizações: Como podemos usar esse digital a nosso favor, não como caminho, mas como possibilidade? Quais são os desafios para as juventudes se ligar com esse digital? Em seguida, o assessor abriu o debate para os participantes começaram a externar suas posições e reflexões.

O debate iniciou com Rosana, São Paulo, afirmando: Quando entrei na PJMP me remeto mais ao barro do que ao digital. Um dos padres mais importantes no meu processo de formação foi Padre Alberto Panichella. Não tínhamos uma concepção de PJMP, tínhamos uma concepção de grupo de jovem em Hortolândia. Vendo essa questão do barro, lembro-me do tempo quando começamos cada reunião saia um relatório e era divulga a partir do selo digital naquela época. A militância da PJMP de São Paulo se deu muito mais fora dos espaços eclesiais. A tecnologia que tínhamos era o e-mail. Nesses últimos dias conversamos uma retomada e uma partilha de vida. Essas duas palavras nunca saem da minha cabeça: Ternura e resistência. Desde que me entendo por gente são essas duas palavras que atravessaram a minha caminhada pastoral. A resistência feminina da PJMP é muito forte em nossos estados e em nossos regionais. PJMP não é uma opção, é uma realidade. A partir do momento quando nos reconhecemos como classe social. Não pensem que essas dificuldades na caminhada pastoral são uma coisa atual, elas são antigas. Os grupos de base acabaram, mas a relação não acabou. Depois de 25 anos de caminhada, ainda nos reencontramos e as mídias amenizavam a questão da saudade e do contato. A questão da ternura e resistência são marcas da PJMP. Gostaria de lembrar nomes de algumas companheiras: Maria Cristina, secretaria nacional da PJMP; Karina, Comissão nacional; Juliana e Rosangela.

Ulysses, assessor nacional, iniciou cantando um trecho da música de Padre Zezinho Um jovem custa muito pouco, um pouco de muito amor.” E em seguinte, também fez algumas colocações: Nessa canção, padre Zezinho, vai descrevendo as dificuldades no trabalho dentro do universo juvenil. Faço memória dessas mulheres que construíram minha caminhada pastoral. Quando pensamos em construir um PPPM são várias possiblidades de abrirmos para outras realidades. Na história, na construção da sociedade, as coisas não são separadas, mas concomitantemente. Ontem, o barro eram as questões do momento. Hoje, são as mídias digitais. Que saibamos ser jardineiros, preparando e esperando a hora de atuar.

Mauricio, da PJMP da Bahia, pontou: Trazer memória do sopro da vida. Tudo começou no barro, na argila, como tá inscrito na Bíblia. No espaço-tempo o barro dar vida em nossos agir pastoral.

Tiago, da PJMP Rio Grande do Norte, coloca: No barro também temos a arte da memória, relembrando as memórias da vida. Fazer esse processo de memória nas reuniões e nos grupos, é importante para a caminhada. Precisamos mudar um pouco... Papa Francisco fala: precisamos sair das janelas das redes sociais e entrar em outras janelas. Precisamos recontar essas histórias, trazer essas pessoas.

Aderbal, PJMP Bahia, pontua: A importância dos nossos grupos de base no processo da PJMP. A PJMP sempre deve tá aberta para acolher novos grupos de base. Trago presente o cuidado dos grupos de base.

Priscila Mara, da PJMP Ceará, faz a seguinte colocação: Esse processo de reencontro de grupo e de pessoas são elementos na Arquidiocese de Fortaleza. É difícil marcar uma reunião presencial, mas elas acontecem online.

Íris, PJMP Pernambuco, afirmou: A partir de uma reunião do grupo de jovem, Josimar, conhecido como chapéu, trouxe a PJMP para o grupo. A PJMP trouxe para mim a questão do social.

Filipe Xavier, PJMP Pernambuco, colocou: O fazer memória, trazer todas aquelas pessoas, relembrar os momentos passados são oportunidades de atualizarmos as nossas ações pastorais.

Elias, PJMP Bahia, afirmou: Sempre que falamos das memórias, são relatos orais. A PJMP que é moldada por várias mãos. Não podemos ter essa relação de poder dentro da PJMP. Não podemos perder essa relação da mesa, desse cuidado do outro, dessa circularidade. Quantas pessoas você conversou dentro da PJMP? Anteriormente, nós conversamos com todos na assembleia, para conhecer mais jovens. Hoje, estamos em grupo isolados dentro de um grupo maior.

Após as falas de companheiras e companheiros resgatando as suas experiências, Carlos coloca que é importante essas conversas cheguem até as bases. Apresenta um pouco da importante relação entre a memória oral e a memória escrita. O digital cria várias ferramentas para a PJMP, mas não podemos perder as relações humanas, o contato com o outro, nesse sentido precisamos perceber o digital como uma ferramenta, não como a ferramenta, os tempos são outros, não podemos viver em tempos passados. Também foi colocado aos presentes a necessidade de entender que Educação se constrói junto e que o e a jovem precisa ser ouvido e ouvida, pois não o são nas escola, na família, no trabalho e que esse silencio é o que fortalece o digital, precisamos olhar para as experiências do outro e sentir o outro, aprender com os movimentos populares, eles são pedagógicos.

O coordenador do dia, Wellington Neto, convida todxs para fazerem um círculo e cantar:

É muito gostoso
Esse nosso aconchego,
esse nosso chamego,
essa nossa alegria de ser feliz.

Após o almoço foi solicitado aos e as participantes um maior cuidado com os espaços em comum, bem como a adoção de um copo, pois foram gastos até a tarde 1000 copos descartáveis, precisamos poupar a natureza e a partir de agora procurar usar nossas garrafinhas ou copos plásticos. Também é necessário que as pessoas que ainda não fizeram o pagamento da taxa de inscrição agilizem, pois é preciso cobrir os gastos do local do encontro (alimentação, funcionários, diárias, etc).

Proposta para a Noite Cultural: momento de animação com o companheiro Neudo (do sertão de Pernambuco) e cotinha para a compra de comes e bebes. Após o momento, todos ficam liberados para ir aos eventos culturais que estão acontecendo na cidade de Palmares.

Os grupos foram apesentando o resultado das discussões relativas a construção do PPPM

RESULTADOS DOS GT´s COM OS PONTOS DO PPPM

8.1 MISSÃO E ESPIRITUALIDADE
- OBJETIVO: Propiciar às juventudes uma vivencia da Espiritualidade Libertadora, a partir da prática de Jesus Cristo.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Fomentar as discussões sobre Teologia da Libertação, Espiritualidades Populares e mística nas bases;
• Fazer parcerias com as comissões missionárias nas bases;
• Resgatar o ardor artístico para a vivencia da mística por meio das canções populares;
• Organizar estudos bíblicos e leituras orantes;
• Trabalhar o oficio divino da juventude nos encontros de jovens;
• Celebrar o DNO nos níveis regional e/ou nacional;
• Organizar missões jovens alicerçados na igreja em saída, proposta por Papa Francisco;
• Vivenciar e testemunhar a missão da PJMP nos espaços sociais em que a juventude está inserida;
• Suscitar nas bases o ardor missionário;
• Celebrar nas bases as datas fixas da igreja: mês das vocações, mês da bíblia e o mês missionário.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Atualizar o subsidio “Lutando e Cantando” com produção de mídias. (02) 6 meses CN e CNA Resgate da musicalidade e mística.
Construir subsídios com o tema “Missão e Espiritualidade” (02) 1 ano CNA Formação das bases.
Encontros de Formação com temáticas voltadas à missão e espiritualidade. A cada 2 anos CN/CR Formação continuidade.
Celebração do DNO (06) Todos os anos As bases Fortalecimento               da espiritualidade
Semana         Missionária Nacional da PJMP (03) A cada 2 anos CN/CNA/CR Articulação      missionaria nas bases.
Parceria com CEBI, Pastorais Sociais e Comissões Missionárias, Até 1 ano CN  

O que é a PJMP: é uma espiritualidade popular.

8.2 GRUPOS DE BASE
- OBJETIVO: Nuclear e/ou fortalecer grupos de base a partir da Palavra para animar os nossos jovens empobrecidos a se reconhecerem na sua identidade e realidade social a ser Igreja Jovem servidora do mundo em saída para as periferias, lutando por uma sociedade mais justa e solidária.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Articular uma diocese por ano onde tiver PJMP;
• Livretos ou materiais digitalmente de 3 em 3 meses e 6 em 6 meses;
• Articulação de uma nova diocese por ano nos estados em que estamos presentes;
• Mapeamento dos grupos (comunidade, grupo, referencia, paroquia, diocese, município, estado, regional);
• Nucleação de 20 novos grupos no país.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Semana missionária por ano nas dioceses desarticuladas. Anualmente Cada estado Nucleação   da   PJMP   na diocese
Elaboração          de
materiais              de formação
Trimestralmente CN,                CNA,
convidados (Proposta: Comissão  Regional e CDs)
Formação e fortalecimento dos grupos em sintonia

O que é a PJMP: PJMP – espaço aberto – acolhida, profecia, resistência.

8.3 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
- OBJETIVO: Levantar recursos que contribuem com a funcionalidade da coordenação nacional e com a realização das atividades pastorais; Garantir a transparência na prestação de contas dos recursos pastorais; Instituir juridicamente (CNPJ da Pastoral); Doação de recursos via redes sociais.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Garantir o pagamento mensal de ao menos um salario mínimo para a secretaria nacional;
• Ajudar a custear as despesas das representações estaduais;
• Contribuir com a realização de reuniões nacionais e eventos permanentes da PJMP;
• Estimular o potencial criativo e a economia popular solidária;
• Contribuição intelectual dos militantes;
• Renovar parcerias e garantir as novas parcerias;
• Acessar os fundos de contribuição diocesanas e o fundo nacional de solidariedade.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Rede                    de
Solidariedade
De janeiro a março CN 100 militantes doando R$ 50,00                anualmente
      (podendo     aumentar     o valor)
Projetos via editais De  acordo  com  os editais CN e CNA Ao menos um projeto por ano.
Rede                    de
Solidariedade        – Bases
Mapeamento 2019
Contribuição 2010
CN e CRs Atingir ao menos 30% dos grupos
OBS.: Rede de Solidariedade – onde existirá a contribuição anual de militantes e ex militantes e parceiros/simpatizantes. A principio com o valor de R$ 50,00, entre o período de janeiro a março.

Missão da PJMP: Vivenciar e testemunhar o reino de Deus partilhando saberes e fortalecendo a luta e a resistência da juventude do meio popular.

8.4 FORMAÇÃO E INICIATIVAS EM EDUCAÇÃO POPULAR
- OBJETIVO: Desenvolver ações formativas, levando em consideração a realidade dos jovens e incentivando a problematização dessa realidade, a fim de construir uma educação dialógica e libertadora.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Compreender a realidade e os anseios dos jovens para conseguir agir;
• Utilizar os recursos digitais como ferramentas para chegar nesses jovens e convidá-los a participar das ações;
• Realizar ações educativas com a ajuda de outros parceiros para trabalhar determinados temas;
• Criar um grupo que discuta educação popular, construa subsídios e documentos e forme novas lideranças.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Dialogo sobre Projeto de Vida Inicio de 2019
(3 meses)
CD Compreender o desejo  da juventude
Seminários           com outras expressões Trimestrais CD   +   líderes   de outras pastorais Compartilhar vivencias
Criação de um grupo de professores Semestral Professores que são “PJMP Sempre” Criação  de  documentos  e subsídios
Plataforma        digital (Cursinho) 6     meses     para implementar
(ano todo)
Grupo com conhecimentos em tecnologias Educação de qualidade
Curso/tutorial        em elaboração de projetos      
Incentivar a criação de Cursos                   Pré
Vestibulares Populares
     

Missão da PJMP: construir com as juventudes empobrecidas o protagonismo juvenil e a consciência de identidade para incentivar uma formação crítica de sua realidade a partir do projeto evangelizador de Jesus Cristo Libertador.

8.5 ARTICULAÇÃO E ESTRUTURAS DE ACOMPANHAMENTO
- OBJETIVO: Fortalecer a participação social e eclesial dialogando com organismos populares e juvenis, agregando forças frente às realidades relacionadas a melhoria da juventude; Rearticular/Fortalecer os grupos de base (PJMP) existentes no Brasil.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Fazer parcerias na formação, construção e partilha dos projetos;
• Ampliar o diálogo com os religiosos, integrando-os nos processos da Pastoral;
• Mapeamento dessas localidades (bases);
• Realização de encontros nacionais (militantes e assessores) para grupos já existentes.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Participação da PJMP nas    atividades    das entidades/organismos e igrejas. Dependerá           do calendário CR, CN e CNA Parcerias nas atividades de                   formação,
intervenção na sociedade (de sustentabilidade financeira)
Visita a esses grupos existentes Semestral Quando        houver
grupo,               CD. Grupos novos, CR.
Crescimento e fortalecimento dessas bases
Formação                de lideranças
(Escola   José   Adelar Nunes)
Semestral Coord. Diocesanas Regional Instrumento                de
animação                      e
fortalecimento            na caminhada
Encontros   de   Bloco (“Nordestão”)   CR e CR CN e CNA Instrumento                de
animação                      e
fortalecimento            na caminhada
Realizar encontro nacional de militantes, assessores e para coordenadores de grupo. Anual (definir) CN e CNA  

Valores da PJMP: Lutar com os excluídos; Defesa da Vida; Respeito à diversidade afetivo-sexual; Defesa dos povos tradicionais e originais; Mística e Espiritualidade; Protagonismo Juvenil; Resgate da história e valorização das pessoas da PJMP.

8.6 SECRETARIA E COMUNICAÇÃO
- OBJETIVO:
Secretaria – manter e ampliar o diálogo com a CNBB; Trabalhar o ardor buscando a rearticulação e rearticulação da PJMP em suas variadas estâncias.
Comunicação:
• Criar mecanismo de armazenamentos de documentos da PJMP;
• Aperfeiçoamento das redes sociais, buscando ampliação dos seus alcances e facilitação do seu acesso;
• Criar e-mail coorporativo;
• Criar uma plataforma no Google Drive ou algo similar;
• Melhoria, massificação e impulsionamento de conteúdo nas redes sociais;
• Ocupar espaços em todas as redes sociais;
• Criar canal no Youtube para material áudio visual;
• E-mail para envio e recebimento de materiais sobre a PJMP em âmbito nacional;
• Realizar mapeamento da presença da PJMP que deverá ser usado como base para planejamento de articulação e rearticulação bem como ser um referencial (nome do grupo, coordenação, onde está, onde se reúne);
• Ter uma mídia digital Out of Home (fora de casa);
• Criar uma loja virtual para gerar recursos financeiros para atividades pastorais;
• Criação de plataformas para gerenciamento de dados para inserção em eventos da PJMP.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
Secretaria:
• Ampliação nos espaços de participação pastoral e crescimento da visibilidade;
• Ampliar a articulação que a PJMP em dioceses ou estados que nunca estiveram presentes e rearticular dioceses e estados que a PJMP já esteja presente e fortalecer onde já está presente;
• Se encontrar presente nas bases, nos movimentos sociais, nos espaços eclesiais e extra eclesiais.
Comunicação:
• Criar uma plataforma no Google Drive ou algo similar;
• Melhoria, massificação e impulsionamento de conteúdo nas redes sociais;
• Ocupar espaços em todas as redes sociais;
• Criar canal no Youtube para material áudio visual;
• E-mail para envio e recebimento de materiais sobre a PJMP em âmbito nacional;
• Criação de um mapa da PJMP no Brasil até novembro de 2019;
• Informações de contatos da CN e CNA dos estados, contatos das coordenações regionais, diocesanas e de bases, como também locais de reuniões das bases;
• Prazo de 1 ano para criação da mídia;
• Demarcar espaço utilizando materiais publicitários com a marca da PJMP como também cartilhas, documentos sobre a pastoral, para ter um alcance a pessoas que não conhecem ou já ouviram falar da PJMP, mas também para aqueles que já são PJMP;
• Prazo de 6 meses para criação da loja;
• Produtos para venda de diversas regiões;
• Produto ao ser comprado automaticamente 20% do valor para as atividades pastorais e 80% do vendedor;
• Evitar a duplicidade de inscrições.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Central de mídia 12 meses CN Facilitação  nos  processos de busca e download.
Loja virtual 6 meses CN Geração de renda para custear atividades pastorais.
Ampliação         de espaços de luta 36 meses CN/CNA/Secretaria Ampliar a presença da pastoral nas instancias na igreja e fora dela.
Ardor  e  presença missionária 36 meses Coordenações est./ diocesana/ regional/ CN/ CNA/ Secretaria. Articulação e rearticulação visando a ampliação da ação pastoral e missionária.
Aperfeiçoamento das redes sociais 12 meses CN/CNA/Secretaria Aperfeiçoar os meios de comunicação e mídias visando a facilitação da comunicação, inclusive com as bases e outros espaços públicos.
Ampliação         da divulgação Imediato Coordenadores/CN/CNA/S ecretaria Dar visibilidade as ações realizadas no âmbito de ação da PJMP.
Mapeamento de nossa militância (a cara da nossa base) 12 meses Coordenadores/CN/CNA/S ecretaria Mapear os grupos de base, coordenações, etc no âmbito das áreas de ação da PJMP, buscando através desse panorama, criar planejamento estratégico para fortalecimento e ampliação da base e da militância com informações e contatos.
Gerenciamento  de dados Imediato CN/CNA/Secretaria Buscar criar base de dados que existe duplicidade em inscrições.
Mídias out of home 6 meses CN/CNA/Secretaria Disseminar nossa marca e materiais      em      outros espaços e mídias fora dos nossos.
       

Valores da PJMP: Afetividade, Causas sociais, Valor cultural, Mística, Ardor missionário, Opção preferencial pelos jovens pobres e Fortalecimento das bases.

8.7 ASSESSORIA
- OBJETIVO:
Motivar os grupos de base na caminhada eclesial e social e auxiliar as coordenações/comissões de jovem na tomada de decisões a partir da doutrina social da igreja.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Criar um curso de formação de assessores diocesanos;
• Subsídios para assessores;
• Campanha de conscientização contra formas de violência.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Diocesana 2019/2020 ARD Desenvolver as bases.
Nacional 2019/2020 CNA Facilitar a formação
Nacional 2019/2020 ARD Diminuir as estatísticas

A partir do PPPM, qual a visão que a PJMP tem de si mesma?
Ser uma pastoral... juvenil organizada dentro do espaço da igreja, que aborda temas de cunho social e religioso, no olhar de uma igreja para os pobres, de luta, resistência, e conquistas. Uma pastoral acolhedora.

8.8 AFETIVIDADE, SEXUALIDADE E RELAÇÕES DE GÊNERO
- OBJETIVO:
Fomentar a construção de momentos formativos sobre as temáticas de afetividade, sexualidade e relações de gênero.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Oficinas, cursos para multiplicadores, rodas de conversa, para atingir a estimativa de 1.000 jovens.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Criar               vivências terapêuticas de grupo 2019 a 2021 CN/CR Oportunizar a juventude a expressar com mais fluidez suas experiências de afetividade e sexualidade.
Elaborar  subsídio  que contemple     o     tema afetividade, sexualidade  e  relações de gênero Segundo semestre        de 2019 CNA Formar jovens conscientes no que se refere ao tema.
Debater a violência contra mulheres e homofobia nos espaços da pastoral.      
Seminário nacional de militantes tendo como tema: Afetividade, sexualidade e relações de gênero, tendo como base   o   sínodo   e   a doutrina social da Igreja      

A partir do PPPM, qual a visão que a PJMP tem de si mesma?
Ser uma pastoral... militante que se propõe a realizar a evangelização libertadora dos jovens empobrecidos e excluídos, acolhendo-os de maneira incondicional e conscientizando-os acerca da luta engajada pelos seus direitos em todas as realidades em que estão inseridos.

8.9 ECOPOLÍTICA
- OBJETIVO:
Promover o fortalecimento da identidade dos grupos de base no desenvolvimento de práticas sustentáveis em defesa da casa comum, na busca de uma ecologia integral que possibilite políticas públicas de bem viver no meio urbano e rural (doutrina social da igreja e laudato si).
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Promover 02 subsídios;
• Atingir 100% dos grupos de base de PJMP;
• Promover uma ação por ano relacionado a práticas sustentáveis;
• 70% de coordenações paroquiais construindo projetos de saneamento básico e arborização dos munícipios;
• 2.000 jovens conscientizando sobre os perigos dos agrotóxicos e das práticas insustentáveis proporcionando a necessidade em defesa da vida;
• Fortalecer o discurso de ecologia integral em todos os espaços de políticas públicas.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Estudo dos subsídios (oficinas, rodas de conversa                   e
seminários)
Todo o período Coordenadores de grupos e assessores estaduais Conscientizar jovens da PJMP sobre a importância da ecologia e dos ideais do bem viver e conviver.
Produção de subsídios sobre a temática Ecologia A cada 3 anos Coordenação     de grupos                de
base/paroquial     e diocesano
Conscientizar a juventude e orientar novas práticas sustentáveis.
Dia nacional voltado para                          a
ecologia/ecopolítica (definir nome)
Anuamente realizado no dia 22/03 Coordenação     de grupos                de
base/paroquial     e diocesano
Conscientizar a população da importância ecológica na área urbana e rural.
Roda de conversa nos grupos de base Anualmente Coordenação     de grupos                de
base/paroquial     e diocesano
Conscientizar sobre os perigos dos agrotóxicos e refletir sobre as práticas insustentáveis.
Seminários Anualmente Coordenação de grupos de base/paroquial e diocesano Propor novas políticas públicas e apresentar resultados das rodas de conversa.
Participação em conselhos e espaços de debates municipais e estaduais 6 anos Coordenação     de grupos                de
base/paroquial     e diocesano
Ocupar os espaços promovendo discussão e reflexão sobre o tema/ Incidência política
Elaborar projetos que venham promover a mudança social A cada ano Coordenação     de grupos                de
base/paroquial     e diocesano
Melhora    do    bem    estar social/Cidades sustentáveis/Mudança.

Além dos compromissos listados no formulário, o grupo identifica outros compromissos da PJMP?
• Promover diálogos sobre os perigos que os agrotóxicos trazem para a saúde das pessoas.

8.10 DIREITOS HUMANOS
- OBJETIVO:
Refletir com as juventudes sobre o que são os Direitos Humanos, Democracia e sua importância.
- INDICADORES DE RESULTADOS:
• Atingir os jovens integrantes nos grupos de base da PJMP;
• Jovens da periferia que a PJMP consegue manter um diálogo.

AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEIS RESULTADOS ESPERADOS
Realização           de
seminários,        por
Estado, sobre Direitos humanos e democracia
Em 2019 CN  dos  estados  + Cd’s Um  seminário  em  cada estado
Elaboração de subsídio sobre direitos humanos e democracia 1º semestre de 2019 CN/CNA Que o subsídio chegue a todos os grupos e facilite o debate nas reuniões
Participação nos conselhos e espaços de decisão e proposição de políticas públicas, sociais e candidaturas eleitorais Indeterminado. Lideranças           de grupos de base  
Realizar  atividades artísticas,  culturais, conforme a realidade de cada grupo de base, promovendo debate sobre direitos humanos e democracia      
       

Além dos compromissos listados no formulário, o grupo identifica outros compromissos da PJMP?
• Lutar ao lado dos movimentos populares e estabelecer parcerias;
• Levar o jovem a conhecer os documentos e a doutrina social da igreja.

Domingo, 18 de novembro de 2018.

Iniciamos o último dia de atividades com um momento de espiritualidade iluminado pelo Evangelho de Mateus 25, 31-40 com um toque afro ao som da música Os Tambores dos Negros de Palmares.

Reunidos e reunidas no auditório, a coordenação do dia fez a leitura de mensagens enviadas por companheiras e companheiros que não puderam estar presentes na assembleia. Fizeram as leituras das Cartas de Heider, CNPJMP Goiáis e Claudia, CNPJMP Santa Catarina (segue em anexo). Também foram ouvidos áudios de Dom Vilson Basso, presidente da CEPJ CNBB e Padre Murilo, PJMP RN.

Foram apresentadas as cartas a CNBB e ao Papa Francisco, bem como a moção de repúdio que haviam sido acordadas em momentos anteriores. (Segue em anexo). A carta endereçada ao Papa e a moção tiveram alguns pontos questionados pelos presentes e precisaram ser modificadas, sendo apresentadas mais uma vez em plenária.

O companheiro Edvaldo faz uma explanação do conteúdo do PPPM, onde foram feitos pequenos ajustes entre os participantes. O texto será reorganizado por Edvaldo, Alice e Heider e posteriormente apresentado a coordenação.

A delegação do Ceará apresenta um pré-projeto do 6º Congresso Nacional da PJMP no Ceará. Animados e animadas pelo refrão “Penerei fubá, fubá caiu / Eu tornei penerar, fubá subiu / Povo meu é hora de caminhar / Agora no Ceará, 6º Congresso Celebrar.” o companheiro Italo e a companheira Priscila Mara fazem explanação do pré-projeto do 6º Congresso Nacional da PJMP, nos quais iniciaram a apresentação das dioceses que compõe o Nordeste 1, suas respectivas articulações e mapeamento onde a PJMP se encontra no regional. Foi proposto como local para cede do congresso a Comunidade Eclesial de Base São José de Anchieta, em Fortaleza. Na oportunidade foi apresentada a proposta da estrutura que irão receber as atividades do congresso. Foi aprovado como mês de realização do congresso, janeiro de 2024.

As delegações apresentam as e os companheiras e companheiros que deverão compor a próxima coordenação nacional e a comissão nacional de assessores da PJMP. E também referendaram o nome para a missão da secretaria nacional da PJMP.

APRESENTAÇÃO DA CN E CNA E INDICAÇÃO DA SN

Ceará
CN: Taiane Jussara Batista CNA: Priscila Mara, Francisco Gomes e Padre Maurício (referencial religioso) Referenda para SN: Filipe Xavier
Piauí
CN: Taiane Jussara Batista   Referenda para SN: Filipe Xavier
Bahia
CN: Elias José dos Santos Neto CNA:  Mauricio  Santos  Diniz  e Catiana Nogueira dos Santos Referenda para SN: Filipe Xavier
Sergipe
Irá  apresentar  depois  os  nomes para CNA e CN Irá  apresentar  depois  os  nomes para CNA e CN Referenda para SN: Filipe Xavier
Alagoas
CN:    Thaís    Patrícia    Paulino (Dandara)   Referenda para SN: Filipe Xavier
Pernambuco
CN: Jeifa Alice Gericó CNA:  Edvaldo  Jericó  e  Padre Tadeu (Referencial religioso) Referenda para SN: Filipe Xavier
Paraíba:
  CNA: Ulisses Willy Rocha Referenda para SN: Filipe Xavier
Rio Grande do Norte:
CN: Maria Leoneide da Silva CNA: Francisco Zenóbio e Padre Tadeu (Referencial religioso) Referenda para SN: Filipe Xavier
São Paulo
Irá apresentar ainda essa semana (18 a 24/11)    

Tiveram algumas indicações da plenária para a CNA: Wellington Neto indica Carlos Oliveira (RJ) e Rosana Borbalan (SP) para compor a CNA, ambos se colocaram à disposição do trabalho pastoral e aceitaram o convite. E Edvaldo indica uma Freira do Ceará para CNA, o Ceará se propôs de em breve dar o retorno em breve.

A plenária aclamou os nomes indicados pelos estados para a missão da Coordenação Nacional da PJMP. Referendado por todos os estados, Filipe Xavier (PJMP PE), foi eleito o novo Secretário Nacional da PJMP e aclamado pela plenária. Por fim, os nomes para compor a CNA foi aprovado em plenária.

ANEXOS 1

CARTA

Em tempos de muitos desafios, vamos nos reconstruindo para se realimentar e fortalecer nossa espiritualidade a cada dia que se passa nossa luta aumenta, pois o que nos mantem de pé para sempre caminhar em momentos sombrios são nossa fé e nossa união, com lagrimas nos olhos e aperto no coração escrevo para desejar a todas e todos presentes em Palmares – PE nesses dias de 15 a 18 de novembro, para fortalecer nossos sonhos e horizontes como Pastoral da Juventude do Meio Popular que sempre anuncia o evangelho de Cristo pobre e libertador, é tempo de se levantar e se fortalecer.

Infelizmente não conseguimos enviar ninguém de Goiás para participar da XVII ANPJMP em Palmares/PE, pois os custos estavam muito autos, estamos passando por processos complicados nos estado pois estamos sem grupos de base, a dificuldade de se permanecer em uma estrutura onde se vai totalmente contrário do que acreditamos e lutamos está a cada dia mais forte nas comunidades e paroquias de Goiânia e em outras cidades, onde infelizmente a juventude não é prioridade principalmente quando é para ser agente transformador de sua própria história como protagonista de sua libertação de um sistema “capetalista”. A vinda do 5º Congresso Nacional foi muito positiva para Nossa Paroquia Nossa Senhora da Terra pois é a única que vive realmente as Comunidades Eclesiais de Base na região.

Atualmente estamos tendo bastantes militantes que contribuíram e muito para a realização de nosso Congresso, mais na grande maioria são pessoas acima dos 30 anos que tiveram grandes e transformadoras experiências na PJMP, anos atrás, a igreja da arquidiocese de Goiânia está perdendo muitos jovens, temo pelo futuro da PJMP no estado, mais vamos tentando se manter firmes aos desafios, pois muita gente ainda acredita e ama nossa espiritualidade e identidade, logo estaremos se encontrado como estado para definir os próximos passos e como ficará nossa estância em nível nacional e a prestação de contas do 5º Congresso Nacional, assim encaminharemos para a nova coordenação nacional.

Gostaria muito de estar presente e fortalecer minha espiritualidade bebendo novamente de nossas fontes de ternura e fé, mais infelizmente não consegui pois estou com prova marcada, conseguiria ficar somente um dia presente e avaliei pelos gastos que não seria possível, acredito muito em todas e todos reunidos em Palmares – PE, estarei em sintonia e presente de coração, deixo beijos e abraços bem demorados a vocês, Frei Marcos e tod@s da Paroquia Nossa Senhora da Terra enviam abraços e uma ótima assembleia e disseram que estão com saudades, dedico esse poema de Rubens Alves:

Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma... Amém, Axé, Awere, Aleluia

Heider Ferreira de Melo Goiânia, Goiás, 17 de Novembro de 2018. Coordenação Nacional da PJMP

ANEXOS 2

CARTA

Aos companheiros/as da PJMP.

Olá companheiros e companheiras de luta da Pastoral da Juventude do Meio Popular do Brasil. Santa Catarina escreve, infelizmente, com bastante tristeza estas palavras. Na sexta-feira que antecedeu o segundo turno das eleições tivemos uma perda imensurável de uma de nossas principais lideranças da favela. A companheira Fabiula Fergutz, de 22 anos, acabou falecendo após um grave acidente. Ela era uma das três pessoas que conduziam trabalhos como o da percussão que faz parte de nossas ferramentas de rua e da articulação nesse espaço.

Logo após o acidente, tivemos outra perda grandiosa em nível de Brasil com a eleição não pela maioria, mas que colocou Jair Bolsonaro no comando do país. Ainda estamos tentando superar tanta perda e dor. Estamos com problemas com duas companheiras especialmente, que estão precisando de tratamento psicológico e acompanhamento para superar essas situações.

Mas, apesar disso, hoje, dia 17 de novembro, seguimos com formação no município de Anchieta/SC, com um grupo de jovens que coordena outros 10 grupos nessa paróquia. Também seguimos nos organizando nas bases junto a nossa irmã PJR (Pastoral da Juventude Rural) que aqui no Extremo-oeste atuam juntas.

Vivemos em uma região onde a Diocese de Chapecó não reconhece as especificidades (PJMP e PJR) e por isso vivemos em constante conflito, lutando para resistir do nosso modo. Tivemos nesse ano o afastamento do companheiro Pedro Pinheiro da base (Assessoria Nacional da PJMP) por questões pessoais de saúde e também de trabalho. Ficamos com isso um pouco mais desfalcados.

Um dos trabalhos que contribui bastante com nossa organização enquanto PJMP e PJR é o da comunicação popular, a partir do nosso “Jornal Comunitário”, apresentado nacionalmente em outro momento em que estivemos juntos/as e ainda, com o Portal Desacato, que tem sido nossa ferramenta de defesa em uma região que votou 80% no governo Bolsonaro. Essa comunicação também contribui no sentido de evidenciar nossa existência ainda mais agora, período em que nosso estado será conduzido pelo também governo do PSL.

Gostaríamos de deixar nosso abraço e dizer que havíamos tirado como encaminhamento que nesse ano voltaríamos a atuar nacionalmente, inclusive nos programando para estarmos no Congresso e infelizmente não conseguimos. Precisamos sim, para 2019 pensar as formas para nos unificarmos e somarmos nessa conjuntura.

Forte abraço.
PJMP, Luta, Trabalho, Direito de Viver!
Da Mãe Terra, Luta e Resistência!
Sem Feminismo não há Socialismo!
Claudia Weinman
Pastoral da Juventude do Meio Popular
Diretora Regional do Portal Desacato

ANEXOS 3

MOÇÃO DE REPÚDIO E RESISTÊNCIA (mais acima nesta página)

ANEXOS 4

CARTA DA PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR AO PAPA FRANCISCO (mais acima nesta página)

ANEXOS 5

CARTA DOS/AS PARTICIPANTES DA XVII ANPJMP A CNBB AO EMINENTÍSSIMO CARDEAL DOM SÉRGIO DA ROCHA, Arcebispo de Brasília – DF e Presidente da CNBB. AO REVERENDISSÍMO BISPO DOM VILSOM BASSO, SCJ, Bispo de Imperatriz – MA e Presidente da CEPJ CNBB. (mais acima nesta página)

 

SECRETARIA NACIONAL DA PJMP
Filipe Xavier – Pernambuco

COORDENAÇÃO NACIONAL DA PJMP
Elias José dos Santos Neto – Bahia
Maria Leoneide da Silva – Rio Grande do Norte
Thaís Patrícia Paulino (Dandara) – Alagoas
Jeifa Alice Gericó – Pernambuco
Taiane Jussara Batista – Ceará
Luiz Augusto Monteiro – Rio de Janeiro

COMISSÃO NACIONAL DE ASSESSORES DA PJMP
Ulisses Willy Rocha de Moura – Paraíba
Francisco Gomes Duarte – Ceará
Padre Francisco Maurício Lopes da Silva – Ceará
Priscila Mara Mendes Pereira – Ceará
Mauricio Santos Diniz – Bahia
Catiana Nogueira dos Santos – Bahia
Francisco Zenóbio da Costa Oliveira – Rio Grande do Norte
Padre Tadeu Rocha – Pernambuco
Edvaldo Jericó – Pernambuco
Carlos César de Oliveira – Rio de Janeiro
Rosana Borbalan – São Paulo

EQUIPE DE SECRETARIA DA XVII ANPJMP
Priscila Mara Mendes Pereira – Ceará
Filipe Xavier – Pernambuco
Carlos Medrado – Pernambuco
João Paulo – Rio Grande do Norte
Daniely Barbosa – Rio Grande do Norte

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